O Irã realizou um novo ataque com mísseis contra Israel na manhã desta terça-feira, 17, elevando o grau de confronto no Oriente Médio.
Segundo informações divulgadas pelo Times of Israel, aproximadamente vinte projéteis foram lançados em direção ao território israelense, acionando sirenes em Tel Aviv e outras regiões centrais. Autoridades locais instruíram a população a buscar abrigo em locais seguros imediatamente após o disparo.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que os sistemas de defesa antimísseis foram ativados para interceptar os ataques.
Diversas explosões foram registradas no céu da capital econômica israelense, e incêndios foram confirmados em diferentes áreas, incluindo um estacionamento que foi atingido por destroços. Até o momento, não há relatos oficiais de feridos.
Esse ataque ocorre menos de uma hora após uma investida anterior do Irã, marcando a segunda ofensiva em curto intervalo de tempo. A escalada de violência acontece em resposta aos recentes bombardeios israelenses a alvos militares e nucleares iranianos, intensificando a tensão entre os dois países.
Em meio à ofensiva, o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, fez declarações públicas por meio da plataforma X (antigo Twitter), em persa e em inglês.
Em uma das postagens, escreveu: “Em nome do nobre Haidar, a batalha começa”. O nome Haidar é uma referência a Ali, figura central para os muçulmanos xiitas, considerado o primeiro sucessor do profeta Maomé.
Em outra mensagem publicada em inglês, Khamenei afirmou: “Devemos dar uma resposta forte ao regime terrorista sionista. Não mostraremos misericórdia aos sionistas”. As declarações foram publicadas enquanto o Irã intensifica sua retaliação às ações militares israelenses dos últimos dias.
A sequência de ataques é parte de um ciclo crescente de hostilidades iniciado após bombardeios atribuídos a Israel contra instalações estratégicas no território iraniano. Os alvos incluíram supostos centros de pesquisa militar e unidades ligadas ao programa nuclear do Irã, segundo fontes locais e internacionais.
Desde então, os dois países trocaram dezenas de ofensivas, com centenas de mísseis sendo lançados de ambos os lados.
O governo iraniano considera as ações israelenses como ameaças diretas à sua soberania e afirmou que responderá com “força proporcional” a qualquer ataque a seu território. Já Israel declarou que continuará a agir preventivamente para evitar avanços militares e nucleares do Irã.
O cenário de conflito elevou o alerta máximo nas principais cidades israelenses. O comando militar do país intensificou a vigilância sobre o espaço aéreo e reforçou as unidades de defesa em pontos estratégicos. Autoridades locais também aumentaram o nível de prontidão para possíveis evacuações em áreas residenciais e comerciais.
Em paralelo, representantes diplomáticos das principais potências internacionais têm buscado mecanismos para conter a escalada e evitar uma guerra de proporções mais amplas na região. O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve realizar uma reunião de emergência nas próximas horas para discutir o agravamento da situação.
Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos. Países da União Europeia e os Estados Unidos condenaram os ataques mútuos e pediram contenção imediata. Washington reiterou seu apoio à segurança de Israel, mas também apelou ao Irã para evitar novas ofensivas.
O conflito também gerou impacto em mercados internacionais. O preço do petróleo registrou alta nas primeiras horas da manhã, com investidores reagindo à instabilidade no Oriente Médio, uma região estratégica para o fornecimento global de energia.
Especialistas em geopolítica afirmam que a continuidade das hostilidades pode resultar em consequências regionais mais amplas, envolvendo atores estatais e não estatais alinhados a cada um dos lados. O Hezbollah, grupo armado baseado no Líbano e apoiado por Teerã, já manifestou solidariedade ao Irã, enquanto o Hamas, na Faixa de Gaza, também demonstrou apoio às recentes ações contra Israel.
A previsão é de que o confronto se mantenha nos próximos dias, especialmente diante das declarações públicas de líderes iranianos e da ausência de iniciativas concretas de cessar-fogo. Até o momento, não há confirmação oficial sobre negociações diretas entre os governos de Teerã e Tel Aviv.