Chuvas intensas atingiram o Rio Grande do Sul no dia 17 de junho, desalojando 24 famílias em Santa Maria e outras 232 em 11 cidades. Com alagamentos, deslizamentos e bloqueios de rodovias, a tragédia resulta da política neoliberal, que desvia recursos públicos para bancos enquanto a infraestrutura urbana colapsa por falta de manutenção.
Em Santa Maria, 101 milímetros de chuva em 24 horas – quase o total previsto para junho (138 milímetros) – afetaram 56 famílias. Duas estão abrigadas no Centro Desportivo Municipal. A Defesa Civil registrou 1.316 raios em 8 horas. Em Encruzilhada do Sul, o Arroio Lava Pés transbordou, invadindo 8 casas. Em Cachoeira do Sul, 7 famílias foram resgatadas. A Climatempo alertou: “a semana terá acumulados de até 200 milímetros, com risco de enchentes”.
Rodovias como RSC-287 e RSC-377 foram bloqueadas por deslizamentos. Aulas foram suspensas em Agudo, São Sepé e outras 8 cidades. O Inmet prevê temporais até quinta-feira, com ventos de 80 km/h. A falta de drenagem agrava a crise. Dados do IBGE apontam que 30% dos municípios gaúchos não têm esgoto adequado.
O neoliberalismo, que corta investimentos, é o problema. Ainda governador do estado gaúcho, Eduardo Leite entregará nada menos que R$4 bilhões aos banqueiros em 2025 e míseros R$550 milhões para prevenção de tragédias como a de 2024. Nada mudou em sua política um ano após a enchente que colocou dois terços do estado embaixo de água, o que torna Leite ainda mais criminoso.