Morreu nesta terça-feira 17, aos 90 anos, o acadêmico, jornalista e escritor Cícero Sandroni. De acordo com a Academia Brasileira de Letras, Sandroni morreu em casa, no Rio de Janeiro, vítima de choque séptico causado por infecção urinária, já fragilizado por uma longa doença.

Ele deixa a viúva, Laura Constância Austregésilo de Athayde, e cinco filhos. O velório será nesta quarta-feira 18, a partir das 10h, na ABL.

Cícero Sandroni foi jornalista e um acadêmico dedicado à ABL, da qual foi presidente entre 2007 e 2009. Em nota, o Ministério da Cultura lamentou a morte de Sandroni: “O Ministério da Cultura presta homenagem ao jornalista e escritor e se une à família, aos amigos e aos admiradores de Cícero Sandroni neste momento de luto”.

Biografia

Natural de São Paulo (SP), Sandroni se formou em Jornalismo e Administração Pública após se mudar com a família para o Rio de Janeiro.

Começou sua carreira em 1954, na Tribuna da Imprensa, depois passou por veículos como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo. Em 1976, durante a ditadura militar, ajudou a organizar o Manifesto dos Mil, documento dos intelectuais que acabou com a censura em 1976, ao lado Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles e Hélio Silva, entre outros.

Também participou do grupo que cobriu a inauguração de Brasília (DF) e ocupou cargos públicos.

Como escritor, assinou as ficções O Diabo Só Chega ao Meio-Dia, de 1985; Cosme Velho, de 1999; e O Peixe de Armana, de 2003.

Com a mulher, Laura, escreveu o livro O Século de um liberal, sobre a vida e obra de Austregésilo de Athayde, seu sogro, um dos grandes pensadores do Brasil.

Sexto ocupante da cadeira número 6 da ABL, Sandroni foi eleito por unanimidade em 25 de setembro de 2003, na sucessão de Raimundo Faoro.

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Last Update: 17/06/2025