Tarcísio bajula Bolsonaro e repete bordão fascista em evento

Tarcísio de Freitas, governador de SP, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Em evento realizado em Presidente Prudente (SP), nesta terça-feira (17), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a demonstrar alinhamento com Jair Bolsonaro (PL) e repetiu bordões usados pelo ex-presidente, inclusive a frase “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, que surgiu entre os integralistas, um movimento fascista que surgiu no Brasil nos anos 1940 inspirado em Benito Mussolini, ditador italiano.

A cena ocorreu durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), onde os dois estiveram juntos em um ato que se transformou em manifestação de apoio a Bolsonaro, atualmente inelegível e réu por liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Durante o discurso, Tarcísio foi interpelado por Bolsonaro fora do microfone. Ao ser convidado a repetir o tradicional “ihuuu” usado pelo ex-presidente no fim de seus discursos, o governador brincou: “Eu fazer ‘ihuuu’? Tem direito autoral, presidente”. Após insistência, Bolsonaro tomou o microfone, fez a onomatopeia e o entregou novamente a Tarcísio, que a repetiu, arrancando aplausos do público.

Na fala oficial, Tarcísio exaltou o ex-chefe e disse que Bolsonaro ainda tem papel relevante na política nacional. “O senhor ainda vai contribuir muito para o Brasil, o senhor vai fazer a diferença”, declarou.

Tarcísio na abertura oficial da Feicorte. Foto: Isabela Gomes/g1

O governador também afirmou que o ex-presidente “entregou o Brasil crescendo, entregou o Brasil gerando emprego, entregou o Brasil com superávit, entregou o Brasil onde as estatais davam lucro, entregou o Brasil que nos permitiu sonhar”.

Ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, Tarcísio construiu sua imagem política com base na lealdade ao ex-presidente.

Mesmo após depoimento recente ao STF em que negou conhecer qualquer articulação golpista, o governador mantém o apoio do núcleo bolsonarista, que agora cogita lançá-lo à Presidência da República em 2026

Condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e inelegível até 2030, Bolsonaro também enfrenta no STF acusações que podem render mais de 40 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado.

 

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