O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Paulo Azi (União-BA), escolheu o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) para relatar o processo de perda do mandato de Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão pela invasão a um sistema do Conselho Nacional de Justiça.

A parlamentar fugiu do Brasil após a sentença e está foragida na Itália. Antes de o STF encaminhar a ordem de cassação, Zambelli pediu licença de 127 dias do mandato, concedida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). No lugar dela está o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).

Procurado pela reportagem, Garcia evitou dizer se a análise do processo ocorrerá antes do recesso parlamentar, que começará em 17 de julho. “Sempre cumpro os prazos regimentais, e esse não será diferente. Mas não tem como saber, até pelas ‘semanas mortas’ que teremos nos próximos dias.”

Após a análise do caso na CCJ, uma nova votação no plenário da Casa dará a palavra final sobre o mandato da bolsonarista.

Integrante da ala à direita do Republicanos, Diego Garcia tem 40 anos e está em seu terceiro mandato na Câmara. Já passou pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e pelo Podemos. O deputado paranaense preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família.

Ele já foi alvo de uma representação no Conselho de Ética após se envolver em uma briga com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, quando o petista era deputado federal. O caso foi arquivado após Garcia pedir desculpas ao colega.

O relator do caso Zambelli já foi presidente da comissão especial que analisou a PEC do fim do foro privilegiado e relatou projetos que mobilizam a direita, como os estatutos da Família e do Nascituro.

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Last Update: 17/06/2025