A busca por soluções baseadas em inteligência artificial vem ganhando espaço nas estratégias de negócios de empresas de diferentes setores. No entanto, a adoção acelerada do conceito “AI First” pode não ser o melhor caminho para todos os perfis de organização.

O alerta é de Alon Lubieniecki, CEO da Luby e cofundador da Eyna, que analisa o cenário atual e questiona os limites dessa tendência.

Estratégia vai além do uso cotidiano de tecnologia

De acordo com Lubieniecki, ser AI First não significa apenas adotar ferramentas de inteligência artificial no dia a dia.

“O conceito envolve repensar o modelo de negócios, as decisões estratégicas e até a estrutura organizacional com base nessas tecnologias”, afirma o executivo.

Ele cita exemplos como Google e Salesforce, que reformularam operações para colocar a IA no centro das decisões.

Casos de sucesso mostram vantagens em escala e personalização

Entre os benefícios observados, Lubieniecki destaca ganhos em automação, personalização e velocidade de execução.

“Empresas como Netflix e Amazon são referências nesse processo, conseguindo escalar soluções com menos recursos e mais eficiência”, aponta.

As plataformas usam a inteligência artificial para recomendar conteúdos e otimizar cadeias de suprimentos, ampliando a competitividade.

Riscos incluem dependência tecnológica e desalinhamento cultural

Apesar das vantagens, o especialista chama a atenção para os riscos envolvidos na adoção precipitada da IA.

Segundo Lubieniecki, uma das principais ameaças é a criação de uma dependência tecnológica.

“Numa situação extrema, se a IA parar, a operação da empresa pode parar junto”, observa.

Outro ponto de atenção envolve o desalinhamento entre as soluções tecnológicas e a cultura da organização.

Ele alerta que o foco excessivo na automação pode ignorar o contexto humano, as emoções dos clientes e a diversidade de perfis.

Além disso, há o risco de decisões automatizadas impactarem aspectos éticos e comprometerem a inclusão dentro das companhias.

Maturidade tecnológica é fator decisivo para o sucesso

Para Lubieniecki, o nível de maturidade das empresas em relação à tecnologia deve ser considerado antes da adoção do AI First.

“Muitas organizações ainda não estão preparadas para implementar esse tipo de estratégia de forma sustentável”, reforça.

Por isso, o executivo defende uma abordagem equilibrada.

“As soluções de IA devem ser encaradas como aliadas estratégicas e não como protagonistas isoladas dos negócios”, afirma.

Na avaliação de Lubieniecki, a inteligência artificial pode representar uma oportunidade ou uma armadilha, dependendo de como for aplicada.

“O importante é garantir que a IA seja usada com propósito e não apenas por modismo”, conclui.

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Last Update: 17/06/2025