As centrais sindicais anunciaram a realização de um ato público contra as privatizações em São Paulo. A manifestação está marcada para o dia 27 de junho, às 15h, na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
O ato, que deve reunir trabalhadores de diversas categorias, tem como objetivo denunciar os efeitos negativos da política privatista promovida pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. Os organizadores afirmam que a transferência de serviços e patrimônios públicos para a iniciativa privada representa um retrocesso e ameaça o acesso da população, sobretudo a mais vulnerável, a serviços básicos.
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O presidente da CTB-SP (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Renê Vicente, destaca os malefícios que a política de privatizações tem trazido, principalmente para os mais necessitados, assim como o plano de expansão para novas vendas de bens públicos.
“Tarcísio privatizou a Sabesp, a maior companhia do saneamento da América Latina. Os efeitos já são visíveis para a população, ao retirar tarifas sociais e precarizar o atendimento. E ele continua com todo o ímpeto no sentido de privatizar o que ainda resta dos serviços públicos aqui no estado de São Paulo. Quer privatizar o Metrô, a Cptm, tem privatizado a gestão das escolas públicas, agora pretende incluir hospitais públicos e até parques estaduais e centros de pesquisa de fauna e flora”, denuncia o sindicalista.
“O governador também tem feito uma reforma agrária às avessas, dando terras do estado a preços módicos aos latifundiários do agronegócio. Então, as centrais sindicais estarão reunidas nesse próximo dia 27, chamando a atenção da população e denunciando o processo de privatização imposto. Quem tem sido mais prejudicado com isso é a população trabalhadora, que depende dos serviços públicos no seu dia a dia”, completa Renê Vicente, ao ressaltar o sentido da mobilização.
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A convocação do ato é assinada por entidades como a CTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Intersindical, Pública, Nova Central, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Segundo as organizações, o projeto de privatizações compromete a qualidade dos serviços públicos, reduz direitos trabalhistas e amplia a exclusão social.
O protesto busca unir diferentes setores da sociedade civil em uma frente ampla de resistência às medidas do governo estadual, defendendo a manutenção e o fortalecimento do serviço público.