
Um bolsonarista de Mossoró (RN) foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisão em regime aberto após gravar vídeo ameaçando e ofendendo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O homem, que se autointitulava “terrorista da Al-Qaeda”, divulgou o conteúdo por meio do WhatsApp, em 2022.
À Justiça, ele confessou ter gravado e publicado o vídeo em um grupo de WhatsApp, mas alegou que teria sido uma “brincadeira”. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), ele é acusado de cometer calúnia e injúria ao fazer discurso “agressivo e criminoso”.
“Vou dizer uma coisa a você, Alexandre, curto e grosso: você não tem peito de aço, você não tem cabeça de aço não. Você vai ser executado. Você vai ser morto”, diz o bolsonarista no vídeo. O homem ainda chama o magistrado de “bandido”, “filho da puta” e ameaça matar ele e policiais federais com “uma grande bomba”.
“Safado, nós vamos explodir onde você estiver e vamos executar você e sua raça todinha, seu Alexandre de merda, porque ninguém tem medo de você não, filha da puta, safado”, prosseguiu o bolsonarista no vídeo.
Para o juiz João Batista Martins Prata Braga, da 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, “tais declarações configuram, de forma inequívoca, a promessa de causar à vítima mal injusto e grave (morte, execução, explosão), caracterizando o crime de ameaça”.
O magistrado ainda aponta que “o teor das mensagens é inequivocamente ameaçador, calunioso e injurioso. As ameaças de morte e execução são diretas e graves”. Além da pena de detenção, ele terá que pagar 48 dias-multa. Cabe recurso.
A Polícia Federal já havia cumprido um mandado de busca e apreensão contra o bolsonarista em agosto de 2023. Na ocasião, agentes apreenderam diversos equipamentos eletrônicos do suspeito, incluindo seu celular.