As Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, e as Brigadas al-Quds, da Jiade Islâmica Palestina, anunciaram nesta segunda-feira (16) uma série de operações conjuntas contra o Exército da ocupação sionista em diferentes pontos da Faixa de Gaza. As ações, concentradas nas regiões de Khan Younes, Jabalia e Cidade de Gaza, provocaram baixas entre os soldados invasores e danos em veículos militares, conforme comunicados das organizações de resistência.
Uma das principais operações foi conduzida na área de al-Sanati, a leste de Abasan al-Kabira, na periferia de Khan Younes, no sul da Faixa. Combatentes das duas brigadas palestinas atacaram uma unidade de infantaria sionista que havia se abrigado em uma residência.
Segundo os informes, o grupo foi atingido por um explosivo antipessoal, resultando em mortos e feridos entre os soldados. No mesmo ponto, um franco-atirador das Brigadas al-Qassam relatou ter alvejado e ferido um militar com um disparo de um fuzil Ghoul, armamento de precisão fabricado localmente pela Resistência.
No norte do território palestino, as Brigadas al-Qassam informaram sobre duas ações contra veículos militares. A primeira ocorreu em 10 de junho, na região leste de Jabalia, onde um veículo blindado e um tanque Merkava foram atingidos com um artefato explosivo de grande potência e um dispositivo suicida. No dia seguinte, outro tanque Merkava foi atacado com um explosivo na rua al-Sikka, também na região leste de Jabalia.
Já as Brigadas al-Quds noticiaram, em comunicado próprio, o lançamento de uma série de morteiros de 60 mm contra posições de concentração de tropas e blindados do Exército sionista nas proximidades de al-Qarara, ao norte de Khan Younes. Na Cidade de Gaza, militantes das forças especiais da Jiade envolveram-se em combate direto, a curta distância, com soldados israelenses na região leste do bairro de al-Shujaiya, durante a noite de domingo. O embate resultou em diversas baixas entre os militares da ocupação.
As ações se somam a relatos divulgados por veículos sionistas, que indicam a evacuação de doze soldados feridos da região de Khan Younes após a explosão de um edifício preparado com armadilhas pela resistência. De acordo com essas informações, a maioria dos atingidos pertenceria a unidades de elite das forças de ocupação.
Em declaração oficial, o movimento Hamas afirmou que a campanha militar sionista não está trazendo os resultados esperados e que “está apenas aprofundando as perdas e empurrando seus cativos para um destino desconhecido”. A organização também criticou a retórica do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, que tem insistido em uma suposta “vitória absoluta” sobre Gaza. Para o Hamas, tal discurso é uma “ilusão enganosa”.
“A guerra que Netaniahu decidiu tornar interminável se transformou em um fardo diário, e sua insistência em prolongá-la marcará o fim de sua carreira política e pessoal”, afirma a nota.
A intensificação das ações coordenadas entre as brigadas do Hamas e da Jiade Islâmica mostra a capacidade de resistência dos palestinos mesmo diante da ofensiva militar prolongada e devastadora conduzida por ‘Israel’. As forças ocupantes, apesar de seu armamento superior, enfrentam dificuldades crescentes no terreno, com perdas constantes de tropas e equipamentos. As operações também revelam que, mesmo sob bombardeios contínuos, a Resistência Palestina mantém sua capacidade de combate em alta, ao contrário do desmoralizado exército sionista.