No quarto dia consecutivo de confrontos entre Irã e Israel, as forças israelenses lançaram ataques aéreos em alvos civis no território iraniano, incluindo um hospital em Isfahan e a sede da emissora estatal IRIB (Islamic Republic of Iran Broadcasting). Segundo relatos de testemunhas e imagens verificadas por agências internacionais, os bombardeamentos causaram vários feridos e danos significativos a infraestrutura crítica.

O ministro da Saúde do Irã, Bahram Eynollahi , confirmou que o hospital foi atingido durante a noite de domingo (15), deixando ao menos 12 mortos e 40 feridos, incluindo pacientes em unidades de terapia intensiva. “Esses ataques são uma violação flagrante do direito internacional humanitário”, denunciou em declaração pública.

Irã responde com alertas de evacuação e retaliações

Em resposta, o Irã emitiu alertas de evacuação para sedes de canais de notícias israelenses, como Kan e Channel 12, acusando-as de “participar de propaganda de guerra” e prometendo retaliar contra alvos estratégicos. A Guarda Revolucionária iraniana também ativou células operacionais no Líbano e no Iraque, preparando-se para lançar novos mísseis contra bases israelenses na Galileia e no Negev.

“Qualquer ataque a civis será respondido com força proporcional. O mundo verá que não toleramos agressões”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa iraniano, Ahmad Mirmira.

Repercussão internacional: preocupação da comunidade global

A escalada gerou condenações globais. A ONU classificou os ataques a hospitais como “crimes de guerra” e pediu uma investigação urgente. O secretário-geral da organização, António Guterres, alertou para o risco de “conflito regional de proporções devastadoras”.

Organizações humanitárias, como a Médecins Sans Frontières, exigiram que ambas as partes respeitem a Convenção de Genebra e protejam instalações médicas. A União Europeia e a Liga Árabe também apelaram ao cessar-fogo imediato, enquanto os EUA reafirmaram apoio incondicional a Israel.

Impacto humanitário: vítimas civis e danos a infraestrutura crítica

Além do hospital em Isfahan, ataques israelenses danificaram redes de abastecimento de água e energia elétrica em várias cidades iranianas. Em Teerã, protestos eclodiram em frente à embaixada da Síria, onde manifestantes exigiram ações concretas contra Israel.

Na fronteira libanesa, o grupo Hezbollah lançou dezenas de foguetes contra o norte de Israel, ferindo civis e destruindo propriedades. Autoridades israelenses evacuaram comunidades próximas à fronteira, enquanto o exército mobilizou reservistas para reforçar defesas antiaéreas.

Ehud Barak, ex-primeiro-ministro israelense, avaliou: “Estamos em um ciclo de vingança sem fim. Cada lado acredita que pode quebrar a resistência do outro, mas a realidade mostra que só há mais destruição.”

Enquanto isso, a população civil de ambos os países vive em estado de alerta, com escolas fechadas, voos cancelados e mercados em colapso. A tensão entre os dois inimigos históricos atinge seu nível mais alto desde a Guerra do Golfo Pérsico, há 45 anos.

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Last Update: 16/06/2025