Moraes deu bronca em Cid durante audiência de delação. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (13) que a Meta, empresa controladora do Facebook, apresente, no prazo de 24 horas, dados relacionados a um perfil que teria sido utilizado pelo tenente-coronel Mauro Cid em conversas ligadas à investigação sobre uma suposta trama golpista. A decisão também inclui a preservação de todas as mensagens trocadas por meio da conta.

A ordem foi dada após a defesa de Mauro Cid solicitar a medida. O pedido veio após reportagem da revista Veja afirmar que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro teria mentido em seu último depoimento ao STF, realizado na segunda-feira (9). A matéria aponta que Cid teria utilizado um perfil falso na rede social para manter comunicações não declaradas à Justiça.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Mauro Cid, em Brasília. A operação faz parte das diligências autorizadas pelo STF para aprofundar as investigações sobre o suposto esquema golpista. Durante a ação, Cid também foi levado para prestar novo depoimento na sede da PF, na capital federal.

O inquérito em curso no Supremo investiga a atuação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de promover um golpe de Estado e anular o resultado das eleições de 2022. Segundo as autoridades, Mauro Cid é apontado como peça-chave na disseminação de informações e na articulação de ações que buscavam minar a democracia e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Logo da Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp. Foto: Reprodução

Além do caso envolvendo o uso do perfil na Meta, Cid já figura como investigado em diversos desdobramentos relacionados ao suposto plano golpista. Ele fechou um acordo de colaboração premiada com a PF e o Ministério Público Federal, mas, segundo a reportagem da Veja, as supostas novas conversas colocariam em dúvida parte de suas declarações anteriores.

Com a decisão desta sexta-feira, o STF busca esclarecer se o militar omitiu informações ou se agiu para obstruir a investigação. Caso se comprove que Cid manteve contatos não revelados, ele poderá perder os benefícios obtidos com a delação premiada.

O caso segue em andamento, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias. A Meta ainda não se pronunciou oficialmente sobre o cumprimento da ordem judicial.

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Last Update: 13/06/2025