O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem muitos motivos para dar início a uma operação militar contra o Irã, em um movimento que pode levar a meses de turbulência no Oriente Médio.

Para analistas ouvidos pelo jornal norte-americano The New York Times, o político pode ter motivos de curto prazo – inviabilizar as negociações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Irã e impedir a expansão imediata do programa nuclear iraniano -, mas seus objetivos são muito maiores.

Por muito tempo Netanyahu apontou o Irã “como a maior ameaça à segurança de Israel”, tanto pelo apoio a grupos palestinos e árabes como pelos esforços na construção de uma bomba nuclear.

“Após anos defendendo o uso avassalador da força para conter esse perigo, Netanyahu finalmente parece pronto para transformar suas ameaças em ações — talvez, segundo analistas, de olho em seu lugar na história israelense”, destaca a publicação.

Agora, o primeiro-ministro está perto de envolver os Estados Unidos e o Oriente Médio em um novo confronto, em meio a turbulências internas e aumento da censura internacional por conta da forma como tem conduzido a guerra contra os palestinos na Faixa de Gaza.

De acordo com o NYT, Netanyahu chegou a planejar um ataque em larga escala contra o Irã há mais de uma década, em outro mandato como primeiro-ministro, mas desistiu sob pressão do governo Obama e com a preocupação sobre a capacidade militar israelense.

Após uma série de eventos regionais, Netanyahu viu na eleição de Donald Trump a grande chance de usar a força militar israelense para lidar com o programa nuclear iraniano.

Assim, o político não apenas garante que sua reputação como guardião da segurança da população israelense será recuperada após o ataque do grupo palestino Hamas em outubro de 2023, como também poderá fortalecer sua posição antes das eleições gerais de 2026.

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Last Update: 13/06/2025