O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal, na última segunda (9). Foto: Ton Molina/STF

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deve abandonar Gilson Machado, ex-ministro do Turismo preso nesta sexta (13) por suspeita de tentar ajudá-lo a fugir do Brasil. Ele conversou sobre o tema com aliados na quinta (12), um dia antes de ser alvo de buscas da Polícia Federal.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, Cid tentou se desvincular de qualquer ação do ex-ministro junto ao consulado de Portugal em Recife (PE). O tenente-coronel alega que não conversa com Machado desde o fim de 2022.

O militar ainda disse a interlocutores que, se Machado realmente tentou emitir seu passaporte, não foi a pedido dele. Cid negou ter conhecimento de qualquer ação do tipo.

A Polícia Federal apurou que Machado tentou obter o documento para Cid em 12 de maio, quando o militar já era réu pela trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta, após ser preso, ele alegou que tentava renovar o passaporte do pai, que tem 85 anos.

“No outro dia ele foi lá no consulado, juntamente com meu irmão. Se ele não recebeu, está para receber a renovação do passaporte português”, justificou.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado e o ex-presidente Jair Bolsonaro durante ato na Avenida Paulista, em abril. Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse ver indícios de obstrução de investigação e favorecimento pessoal na busca do documento para Cid. O órgão descobriu, no mês passado, que os familiares do tenente-coronel fugiram para os Estados Unidos no mês passado.

Paulo Gonet, chefe da PGR, também pediu a prisão de Cid e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, chegou a expedir a ordem, que foi revogada logo depois. A Corte ainda determinou busca e apreensão em endereços ligados a ele.

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Last Update: 13/06/2025