O tenente-coronel Mauro Cid e o general Mauro Cesar Lourena Cid, seu pai. Fotos: Pedro França/Agência Senado e Alesp

Os pais, a esposa e as filhas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixaram o Brasil no mês passado, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). O chefe do órgão, Paulo Gonet, enviou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a descoberta.

Segundo o g1, a representação de Gonet relata que os familiares de Cid deixaram o Brasil em direção a Los Angeles, na Califórnia (EUA), por um voo com escala no Panamá. A PGR afirma que a ausência de registros de uma das filhas do tenente-coronel gerou suspeita.

“Embora tenha sido localizada a reserva (…) não há registro de procedimento migratório de saída do país, e seu nome não consta na lista de passageiros do referido voo. A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, diz o órgão.

Fugiram para o país no mês passado o pai, a mãe, a mulher e uma das filhas de Cid. A segunda, identificada como Giovana, tinha uma reserva e ainda não embarcou, mas deve viajar ainda hoje, de acordo com Daniela Lima, da GloboNews.

No documento em que revelou as fugas, a PGR ainda pediu a prisão preventiva de Cid e de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, mas apenas a segunda solicitação foi acatada. Ele foi preso na manhã desta sexta (13) pela Polícia Federal em Recife (PE).

A suspeita é que Machado tenha tentado ajudar Cid a obter um passaporte português. A PGR diz ver indícios de obstrução de investigação e favorecimento pessoal, além de risco de que o militar e familiares tentaram obter o documento em outras embaixadas.

A representação também  solicita busca e apreensão pessoal e domiciliar, incluindo de aparelhos eletrônicos, de Cid e Machado, e acesso a dados bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos do tenente-coronel.

O ex-ajudante de ordens chegou a ter a prisão decretada por Moraes mais cedo, mas a ordem foi revogada quando agentes da Polícia Federal estavam na casa dele, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília. Ele foi levado para a sede da corporação e deve prestar um novo depoimento ainda hoje.

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Last Update: 13/06/2025