Com o crescimento de 10,5% do e-commerce em 2024, segundo a ABComm, empresas físicas precisam se reinventar para acompanhar os novos hábitos de consumo. A demanda por conveniência, agilidade e flexibilidade redefine o papel dos espaços comerciais, que deixam de ser apenas pontos de venda para se tornarem centros de serviços conectados.

Para Elton Matos, CEO da Airlocker, esse movimento exige visão estratégica. “O segredo está em identificar problemas reais e oferecer soluções simples, práticas e escaláveis”, afirma.

Armários inteligentes

Uma das soluções mais eficientes para transformar um ponto físico em um hub de conveniência é a adoção dos smart lockers. Os armários inteligentes automatizam a entrega e retirada de produtos, dando autonomia ao consumidor e reduzindo a necessidade de atendentes.

“Além de melhorar a logística, os armários ampliam os pontos de contato da marca, sem exigir expansão física”, explica o executivo. Clientes podem buscar suas encomendas a qualquer hora, com segurança e rapidez — o que se torna um diferencial competitivo importante.

Diferentes serviços no mesmo espaço

A integração de serviços é outro caminho para tornar o ponto comercial mais completo e atrativo. Lavanderias, pet shops, academias e farmácias, por exemplo, podem operar com armários inteligentes, permitindo a retirada e entrega de itens sem interação humana.

Isso beneficia o consumidor multitarefa que busca conveniência no dia a dia. “É uma forma de conectar as pessoas aos serviços que elas já usam, mas com mais praticidade”, diz Matos. Academias com fluxo diário, por exemplo, podem funcionar como hubs de recebimento para alunos que passam o dia fora de casa.

Personalização

A automação também permite personalizar a experiência do cliente. Com os dados gerados pelos armários inteligentes – como horários de retirada ou frequência de uso – as empresas podem ajustar ofertas, enviar notificações e sugerir agendamentos.

“Isso cria um relacionamento mais próximo e aumenta a eficiência do serviço”, afirma o CEO da Airlocker. Ao mesmo tempo, a automação reduz erros e melhora a transparência, com registro completo de cada operação realizada.

Redução de custos

A digitalização dos processos permite operar com equipes mais enxutas, sem perder qualidade no atendimento. A centralização das retiradas, por exemplo, reduz a necessidade de entregas individuais, o que gera economia com transporte, combustível e tempo de deslocamento.

“Você mantém um serviço eficiente e ainda consegue operar com mais leveza financeira”, destaca Matos. Para empreendimentos de pequeno porte, isso pode significar aumento de margem e maior sustentabilidade do negócio.

Parcerias locais

Ao criar alianças com negócios vizinhos, o ponto comercial se torna mais atrativo e funcional. Um hub de conveniência pode reunir lavanderia, pet shop, delivery, farmácia e academia, por exemplo, compartilhando o espaço e os clientes.

“Essas parcerias funcionam como ações de co-marketing. Todos se beneficiam do aumento do fluxo e da percepção de valor agregado”, explica o CEO. A proposta transforma o local em uma plataforma de serviços que valoriza o tempo do consumidor e oferece soluções em um único ambiente.

Adaptação contínua

Mais do que vender produtos, o varejo físico precisa entregar soluções. A tecnologia, nesse contexto, é aliada da agilidade, da personalização e da eficiência. Ao integrar automação, parcerias e análise de dados, qualquer ponto comercial pode se transformar em um hub inteligente – conectando o digital ao físico e tornando-se mais relevante para o consumidor moderno.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 11/06/2025