As redes sociais foram implacáveis com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na terça-feira 10, dia em que ele depôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo da trama golpista.
Segundo levantamento da consultoria Arquimedes, especialista em análise de dados, 65% das menções a Bolsonaro foram negativas, enquanto apenas 14% foram positivas – as demais foram neutras. A empresa de consultoria foi contratada pelo jornal O Globo, que publicou o levantamento.
Foram localizadas 350 mil menções a Bolsonaro no dia do depoimento. Segundo a Arquimedes, a ironia deu o tom das mensagens. Um dos destaques foi o pedido de desculpas feito por Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes por acusações de recebimento de propina.
“Não tenho indício, senhor ministro. Era uma reunião para não ser gravada, um desabafo, uma retórica que usei. Se fossem outros três ocupando, teria falado a mesma coisa. Me desculpe, não tinha essa intenção de acusar qualquer desvio de conduta”, admitiu o ex-capitão durante o depoimento.
Ao jornal, a consultoria afirmou que a avaliação é de que o “tom institucional” adotado por Bolsonaro ao depor murchou a base de apoio. Além de chamar apoiadores de ‘malucos’, ele recuou em diversas declarações anteriores.