Israel vai obrigar ativistas da Flotilha da Liberdade a ver vídeo dos ataques de 7 de outubro

O chanceler israelense Israel Katz e o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer. Foto: Ahmad Gharabli/AFP

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que os passageiros do Madleen — navio da Flotilha da Liberdade — serão obrigados a assistir a vídeos dos ataques de 7 de outubro de 2023, com o intuito de mostrar “quem é o Hamas, a quem vieram apoiar” e as “atrocidades contra mulheres, idosos e crianças”.

Entre os 12 ativistas a bordo estão Greta Thunberg, a eurodeputada Rima Hassan, o ator Liam Cunningham, o ativista espanhol Sergio Toribio, além de outros, como os jornalistas Yanis Mhadi e Omar Faiad, o médico Baptiste André, a ativista Yasemin Acar, o brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista Reva Viard.

O Madleen partiu de Catania, na Sicília, em 1º de junho, transportando alimentos, leite em pó, kits de dessalinização, medicamentos, próteses para crianças e outros suprimentos básicos.

A ativista Greta Thunberg a bordo do navio Madleen antes de zarpar para Gaza com ativistas da Freedom Flotilla Coalition, em 1º de junho de 2025.

O objetivo era romper o bloqueio naval imposto a Gaza desde 2007 e entregar ajuda humanitária, mas foi interceptado no dia 8 de junho por forças israelenses em águas internacionais, e desviado ao porto de Ashdod .

A iniciativa simboliza um gesto de coragem civil: ativistas desarmados desafiando um dos aparatos militares mais robustos do mundo. Além de navegar com suprimentos, o navio resgatou quatro migrantes sudaneses no caminho.

A resposta de Israel — com força e controle rígido — e o cerceamento dos ativistas dramatizam o conflito entre visibilidade internacional e o endurecimento do bloqueio, denunciado como crise humanitária grave, com mais de 54 mil mortes de palestinos.

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