
O governo de Israel fez publicações debochando dos ativistas ambientais que estavam a bordo da embarcação Madleen, que transportava ajuda humanitária para Gaza. O navio foi apelidado por autoridades israelenses de “Iate das Selfies”.
“Todos os passageiros do ‘Iate das Selfies’ estão seguros e ilesos”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores de Israel em post no X. “Eles receberam sanduíches e água. O show acabou.”
Em outra publicação, Israel ironizou Greta Thunberg. Na postagem, o governo afirmava que a ativista “está atualmente a caminho de Israel, segura e de bom humor”. A imagem mostra Greta enquanto um soldado oferece um sanduíche a ela.
All the passengers of the ‘selfie yacht’ are safe and unharmed. They were provided with sandwiches and water. The show is over. pic.twitter.com/tLZZYcspJO
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) June 9, 2025
— Israel ישראל (@Israel) June 9, 2025
Israel informou que irá deportar os ativistas e declarou que a missão tinha como objetivo “encenar uma provocação midiática para ganhar publicidade”.
Segundo comunicado divulgado à imprensa, a ajuda levada pela embarcação era mínima. “A pequena quantidade de suprimentos que estava no iate e não foi consumida pelas ‘celebridades’ será transferida para Gaza por canais humanitários reais”, afirmou o governo. O país também alegou ter enviado mais de 1.200 caminhões com ajuda humanitária para a região nas últimas duas semanas.
A Federação Árabe Palestina do Brasil acusou Israel de sequestrar os participantes da Flotilha da Liberdade. “Reféns, os integrantes da missão humanitária estão sendo levados para ‘interrogatório’ em porto israelense”, afirmou a entidade, cobrando ação internacional para garantir a segurança dos ativistas.
A interceptação da embarcação ocorreu em águas internacionais, e o governo israelense confirmou a ação realizada por sua marinha na noite de domingo (8).