Redação Viomundo

Por volta das 23h deste domingo, 08/08,  Lara, esposa de Thiago Ávila, um dos 12 voluntários da ação da Flotilha da Liberdade, postou no instagram o vídeo acima. Foi após perder totalmente o contato com o grupo:

“Há alguns minutos nós recebemos a mensagem, avisando que eles foram interceptados, estavam sendo atacados pelo exército israelense, que o exército estava subindo no barco”.

E pede ajuda para trazer Thiago e demais participantes de volta para as suas casas e suas famílias:

”Cobrem os parlamentares que conhecem, cobrem o Itamaraty, cobrem o governo brasileiro, cobrem figuras públicas”.

A Coalizão da Flotilha da Liberdade é um movimento de solidariedade popular que trabalha para pôr fim ao bloqueio e cerco ilegal israelense à Faixa de Gaza e por uma Palestina livre.

Em 1º de junho, o barco ”Madleen”, que navega com bandeira britânica, partiu da Sicília, na Itália, rumo a Gaza com os 12 ativistas a bordo.

Entre eles, a ativista ambiental Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan. A tripulação transporta suprimentos essenciais, como alimentos e suprimentos médicos, para o enclave palestino.

Uma viagem de 2.000 km (1.250 milhas) prevista para durar sete dias.

Neste domingo, 08/06, quando a flotilha aproximava-se de Gaza, forças militares israelenses interceptaram o ”Madleen”  em águas internacionais e cortaram as comunicações.

A partir daí, o contato com o ”Madleen” foi perdido.

”Eles exigiram que todos a bordo desligassem seus celulares, e perdemos contato com o jornalista da Al Jazeera Mubasher, Omar Faiad, bem como nossa transmissão ao vivo”, informou a Al Jazeera.

“As comunicações estão bloqueadas e sons perturbadores estão sendo transmitidos pelo rádio”, disse a flotilha em uma publicação no Instagram.

O vídeos abaixos registram os ”sons perturbadores transmitidos pelo rádio” e o momento em que a guarda costeira de Israel interceptou a Flotilha da Liberdade.

Falando à Al Jazeera a bordo do Madleen, a ativista alemã Yasemin Acar disse que quatro embarcações se aproximaram do navio e que duas permanecem nas proximidades.

“Soamos o alarme porque vimos exatamente quatro embarcações se aproximando de nós ao mesmo tempo, duas das quais tinham luzes azuis”, disse ela.

“De repente, tivemos muitas luzes nos cercando”, ela acrescentou.

Acar diz que dois dos barcos chegaram a 200 metros do Madleen antes de partir, enquanto as outras duas embarcações permaneceram nas proximidades.

“Dois deles ainda estão bem na minha frente, eles simplesmente pararam”, ela contou

Enquanto as comunicações eram bloqueadas, drones lançaram substância branca sobre Madleen.

“Antes disso, sabemos que havia dois drones pairando sobre eles e que lançaram algum tipo de produto químico na embarcação. Não sabemos que produto químico era esse”, disse ela.

”Os olhos arderam”, relataram após substância branca cair em Madleen.

Horas antes, o Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, informou que havia instruído as Forças de Defesa de Israel (FDI) a impedir que o navio humanitário Madleen chegasse ao enclave palestino.

“À antissemita Greta [Thunberg] e seus amigos, digo claramente: vocês devem retornar, porque não chegarão a Gaza”, declarou Katz.

Ministério das Relações Exteriores de Israel chamou Madleen de “iate para selfies”, ”iate de celebridads” e “truque da mídia para publicidade”.

REFÉNS DO EXÉRCITO DE ISRAEL

Desde o final da noite de domingo, os participantes da Flotilha são reféns das forças militares israelenses.

Dado o histórico de violações praticadas por elas, teme-se pela vida dos 12 ativistas.

Por isso, os coletivos brasileiros em solidariedade ao povo brasileiro demandam a integridade física e imediata libertação dos ativistas da embarcação Madleen da Flotilha da Liberdade.

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Last Update: 09/06/2025