A resistência palestina, liderada principalmente pelo Hamas, segue enfrentando os ataques contínuos do regime sionista, agora imerso em uma profunda crise política e militar. A luta pela libertação nacional não é apenas um movimento de resistência contra a ocupação, mas também contra o imperialismo mundial, representado pelos Estados Unidos e as potências europeias que sustentam o regime israelense.
Como relatado pela Quds Press (2025), o movimento Hamas reforça, em sua declaração de Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), que este é o quarto ano consecutivo que o povo de Gaza celebra sob bombardeios incessantes, mas que a luta continua viva. “Este é o quarto Eid sob o peso de um cerco implacável, mas a nossa resistência não será vencida”, afirmou um porta-voz das Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, durante o evento. A celebração foi um ponto de reafirmação das ações de resistência e da mobilização popular. A resistência armada continua sendo fundamental para a defesa do direito à liberdade e ao retorno dos palestinos.
A situação humanitária em Gaza, que enfrenta uma crise sem precedentes, é reconhecida internacionalmente, mas o Hamas continua firme, rejeitando qualquer acordo que não envolva a libertação da Palestina. O discurso de unidade nacional palestina e o fortalecimento das mobilizações são o ponto central da mensagem do Hamas, com apoio crescente das mobilizações internacionais, que, como observado, aumentam a pressão sobre “Israel” e sobre todo o bloco imperialista.
Contra o desarmamento
Os acampamentos de refugiados palestinos vivem sob constante ameaça, não apenas do regime israelense, mas também de forças locais que buscam enfraquecer a resistência. O movimento “Hirak Sha’abi Filastini” (Movimento Popular Palestino) denunciou em seu recente comunicado, em 5 de junho de 2025, as tentativas de desarmar os acampamentos de refugiados. A pressão internacional para retirar as armas da resistência palestina tem sido vistas como uma tentativa de enfraquecer o movimento e fragilizar a capacidade de autodefesa das comunidades.
“Essas armas não são para agredir nossos irmãos, mas são uma ferramenta legítima de defesa contra a ocupação. Elas são um legado dos mártires”, afirmou um dos líderes do movimento, em uma das recentes declarações. Esse movimento também critica a visita de Azzam al-Ahmad (membro do Fatá), que buscou impor um desarmamento dentro dos acampamentos. O movimento, como detalhado na Quds Press (2025), classificou essa abordagem como um golpe à resistência palestina e um ataque direto à unidade nacional.
Essa tentativa de desarmar os acampamentos de refugiados palestinos, conforme relatado por movimentos como o “Hirak Sha’abi Filastini” (Movimento Popular Palestino), é uma clara demonstração de que Mahmoud Abbas, liderança da Autoridade Palestina, tem adotado uma postura contrária à resistência armada do povo palestino, e ao invés de lutar pela libertação e autodeterminação. Essa atitude criminosa da Autoridade Palestina revela claramente o alinhamento com o sionismo e o imperialismo.
O impacto da guerra de guerrilha
Em Gaza, o Hamas continua a administrar uma guerra de desgaste, um confronto militar contínuo, cujas táticas de guerrilha têm sido eficazes em desgastar o exército de ocupação israelense. Em uma de suas mais recentes operações, as Brigadas Al-Qassam divulgaram que eliminaram dois soldados israelenses de forma precisa e estratégica em Shujaiya, um bairro que se tornou um símbolo da resistência palestina. “A nossa resistência não se abala. Continuamos a luta, até a libertação total da Palestina”, declarou um porta-voz das Brigadas.
Como já foi relatado, “Israel” vive uma crise interna crescente, e a pressão sobre o regime só aumenta. Movimentos sociais e rebeldes dentro do exército israelense demonstram descontentamento com a guerra interminável e as perdas humanas. Em declaração, o próprio Netaniahu teria deixado escapar que mais de 7 mil mães choram por seus filhos, ex-combatentes enviados para a Faixa de Gaza.
A confirmação dessa informação, que nunca foi oficializada, veio do próprio regime nazista israelense que se vê forçado a recrutar mais 10 mil soldados. A realidade é que a situação é cada vez mais insustentável para o Estado sionista. O porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin, afirmou que essa é uma necessidade operacional genuína, e por isso estão tomando todas as medidas necessárias, incluindo a convocação de reservistas. Além disso, o chefe do Estado-Maior, tenente-general Eyal Zamir, mencionou que estão emitindo milhares de ordens aos reservistas para intensificar e expandir a operação em Gaza.
O impacto das perdas no exército israelense gerou um movimento de protesto significativo. “Israel está perdendo”, afirmou um líder do Hamas. “As forças de ocupação não conseguem mais controlar Gaza, e a pressão interna está atingindo o governo de Netaniahu”.
Prova de fraqueza
A fraqueza do regime israelense se reflete na criminosa situação dos reféns israelenses mortos pela política de bombardeios de Netaniahu. Desde o início do conflito, o governo de Netaniahu se recusou em várias ocasiões a realizar trocas de prisioneiros com o Hamas. Em vez disso, bombardeios indiscriminados e ataques aéreos mataram parte dos reféns, vítimas de uma estratégia que ignorava completamente a possibilidade de salvá-los em troca. Isso resultou em uma onda de protestos em “Israel”, onde essas famílias exigem não apenas o fim da guerra, mas justiça pela morte de seus familiares.
Ao lado desses crimes, a situação de reféns palestinos e o tratamento desumano dado a eles pelo regime de “Israel” se contrapõem à abordagem do Hamas, que devolveu reféns israelenses em boas condições, mantendo-os vivos e bem tratados, ao contrário das práticas cruelmente violentas de “Israel”. “Israel” não apenas negou a troca de prisioneiros, mas também foi acusado de torturar e assassinar prisioneiros palestinos, devolvendo-os com sequelas físicas e psicológicas graves ou mortos.
Além disso, mentiras disseminadas por “Israel”, como as acusações de estupros, decapitação de bebês e morte de civis por militantes do Hamas, foram desmentidas por investigações internacionais e testemunhos de vítimas. Essas falsas alegações foram usadas para deslegitimar a resistência palestina e justificar a violência indiscriminada de “Israel”. Por outro lado, o Tribunal Penal Internacional, mesmo sendo uma instância dominada pelo imperialismo, se viu obrigado a condenar as ações do governo israelense como crimes de guerra.
A situação interna de “Israel” se apresenta ainda mais agravada pela necessidade urgente de 10 mil soldados adicionais, conforme admitido por fontes do governo israelense, para tentar controlar uma situação que está saindo do controle. O desgaste das forças israelenses é evidente, com perdas humanas significativas, e movimentos de protesto dentro do exército, incluindo famílias e rebeldes militares que se recusam a seguir as ordens de Netaniahu.
Essa crise de legitimidade interna está se espalhando entre a população israelense, especialmente entre os judeus ortodoxos, muitos dos quais estão se recusando a servir na frente de batalha.
Por fim, a tentativa de Donald Trump de negociar com o Hamas de forma isolada também sublinha o isolamento crescente de “Israel”. O presidente dos EUA tem procurado estabelecer um canal de diálogo com a resistência palestina, algo que enfurece ainda mais Netaniahu e líderes fascistas do governo. O apoio internacional crescente à Palestina impõe inclusive aos países sancionar “Israel”, está isolando o regime sionista.
Mobilização internacional: o apoio dos povos do mundo à Palestina
A solidariedade internacional com a Palestina está crescendo a passos largos, com manifestações em várias partes do mundo contra a ocupação israelense e em apoio à luta pela liberdade do povo palestino. Países imperialistas, como os EUA, França, Alemanha, e outros membros da União Europeia, enfrentam uma onda crescente de protestos, refletindo uma crise interna que afeta sua política em relação à “Israel”.
As mobilizações populares se intensificam, com apelos para que os governos rompam relações diplomáticas e comerciais com “Israel”, como forma de pressionar pelo fim da ocupação e limpeza étnica em curso. O mundo está ao lado da Palestina e a única forma de avançarmos é fortalecer as lutas nas ruas.
“Israel”, enfraquecido pela pressão interna, pela resistência contínua em Gaza, e pela solidariedade internacional, está cada vez mais perto de uma derrota total. A vitória palestina será mais rápida, com a união dos povos de todo o mundo. A mobilização mundial continuará a ser um fator decisivo para a vitória final.