O obstetra Ric Jones e a enfermeira Zeza Jones, profissionais que defendem o parto humanizado, são alvo de perseguição. O casal, conhecido por sua atuação em prol de práticas que promovem a dignidade da mulher e do recém-nascido, terá sua situação discutida em um evento aberto ao público.
A atuação de Ric e Zeza Jones, centrada na autonomia da gestante e na redução de intervenções desnecessárias no parto, resultou em uma série de desafios. Essa postura em favor de um modelo de assistência obstétrica humanizado levou a uma série de ações administrativas e judiciais contra eles. O caso de Ric e Zeza Jones é um exemplo das dificuldades enfrentadas por profissionais que buscam questionar o modelo predominante na obstetrícia.
Colunista deste Diário desde 2022, Ric Jones foi preso em 27 de março deste ano devido a uma lei inconstitucional criada pelos ditadores de toga do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento diz respeito à realização de um parto domiciliar em que o recém-nascido veio a óbito no hospital devido à pneumonia congênita, 24 horas após o nascimento.
A acusação argumenta que Ric Jones teria assumido o risco pela morte do bebê ao aguardar três horas para tomar a decisão de ir ao hospital após o parto domiciliar. No entanto, durante os três dias de julgamento, ficou claro que não há qualquer relação entre o atendimento prestado por Ric e o óbito do recém-nascido. Fato é que o bebê nasceu com uma doença grave, que evoluiu para o óbito. O hospital, que nem sequer está sendo julgado, demorou para administrar antibióticos e aplicou um medicamento vencido.
Ric Jones, que teve seu registro profissional cassado em razão desse mesmo caso, é alvo de perseguição por setores da classe médica que se opõem ao parto humanizado. Com uma trajetória marcada por mais de 2.000 partos assistidos, Ric é reconhecido como um dos pioneiros a praticar no Brasil a assistência humanizada a partos e nascimentos.
Diante dessa situação, o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, coletivo de mulheres do PCO, anunciou uma reunião online com Ric e Zeza Jones. O objetivo é promover um debate sobre as questões envolvidas e aprofundar a compreensão da situação.
O evento está marcado para o dia 10 de junho, às 19h, e será realizado pela plataforma Google Meet. Esta iniciativa busca proporcionar um espaço para que o público possa entender as nuances do caso, ouvir os relatos diretos dos profissionais e refletir sobre a importância da luta pelo parto humanizado e a perseguição do Judiciário.
Para confirmar a participação e demonstrar apoio, é necessário preencher o formulário de confirmação disponível em: https://forms.gle/nZGL3RtLZRNygbdw9.
Para dúvidas ou informações adicionais, o contato pode ser feito via WhatsApp pelo número (11) 95208-8335. O Coletivo também divulga atualizações em seu perfil do Instagram: @rosaluxemburgo.pco.