O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo(foto/reprodução internet), afirmou neste sábado, que a autoridade monetária mantém “flexibilidade e cautela” diante do cenário de incertezas globais e domésticas. Em discurso no Fórum Esfera, no Guarujá (SP), reconheceu o desconforto provocado pela Selic em 14,75% ao ano, mas reforçou o compromisso do BC com a estabilidade da moeda. “Não diremos o que faremos, mas como reagiremos”, sintetizou, sinalizando que o Copom ainda avalia os próximos passos. Segundo ele, a postura cautelosa se justifica pela volatilidade internacional e pela necessidade de evitar movimentos abruptos. Galípolo ainda elogiou a disposição do presidente Lula para debater reformas estruturais, destacando a importância de preservar a confiança na política monetária em meio à pressão por estímulos.

A defesa de reformas com “dor e diálogo”

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu, ainda,  que o debate sobre os gastos públicos e a sustentabilidade fiscal seja assumido como uma pauta nacional e transparente. Durante o Fórum Esfera, destacou que a disposição de Lula, do Congresso e de ministros em discutir reformas estruturais é “uma ótima notícia”, mas alertou: “não dá para tirar esse band-aid sem dor”. Para Galípolo, o enfrentamento das escolhas fiscais exige coragem, clareza sobre os trade-offs e apoio da sociedade. Embora o BC seja autônomo e não formule política fiscal, ele avaliou que o momento de consenso institucional deve ser aproveitado para viabilizar as reformas necessárias. “Sempre senti boa vontade do presidente Lula para sentar à mesa e construir soluções”, afirmou.

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Last Update: 08/06/2025