Diante da pior seca em anos nas principais regiões produtoras de trigo, a China ampliou o uso da chamada “semeadura de nuvens”, técnica que estimula artificialmente a chuva por meio da dispersão de agentes químicos na atmosfera. As províncias mais afetadas, como Mongólia Interior e Shaanxi, enfrentam não apenas prejuízos agrícolas, mas também riscos no abastecimento de água potável e na geração de energia, especialmente em áreas dependentes de hidrelétricas. Em 2025, o número de operações subiu 20% e, segundo o governo, já teria gerado 500 milhões de m³ de água extra em apenas uma semana. No entanto, a eficácia dessa intervenção climática ainda é contestada por cientistas, que alertam para possíveis impactos ambientais desconhecidos. Em um país que concentra 80% de sua produção de trigo no norte e precisa alimentar 1,4 bilhão de pessoas, a engenharia do clima virou prioridade de Estado. (foto/reprodução internet)
