O PSTU continua em sua militância pelo programa imperialista do clima. Nesta quinta-feira (5), publicou no sítio Opinião Socialista uma matéria sob o título “Dia Mundial do Meio Ambiente traz alerta: a ganância capitalista está devastando o planeta”. Em nome da justiça, é preciso dizer que o não se trata apenas do clima, mas em tudo. O PSTU não falha uma quando o assunto é apoiar o imperialismo.

Para provar a subserviência do PSTU, basta ler o primeiro parágrafo do texto: “O dia 5 de junho é celebrado como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi criada pela ONU, em 1972, em referência à Conferência de Estocolmo que foi a primeira grande reunião de governos para discutir os problemas ambientais e a necessidade de preservação do planeta. Hoje, 53 anos depois, a data acontece em meio a um cenário alarmante, com uma crise climática que se agrava a cada dia”.

Quem vai acreditar que governos, especialmente dos países ricos, estão de fato preocupados com problemas ambientais? Não cuidam do próprio quintal e ainda tratam de degradar os dos países atrasados.

O apocalipse

Para tentar convencer as pessoas da falácia sobre o clima, é preciso tentar instaurar o medo. O texto diz que “Eventos climáticos cada vez mais extremos têm ocorrido nos mais diversos países, como secas severas, enchentes, incêndios, tempestades, furacões e temperaturas extremas”.

E nunca podem faltar os “cientistas e ambientalistas falam em desastre climático ao se referir ao grau de destruição ambiental no planeta e alertam que vários biomas, como a Amazônia, estão próximos do ponto de “não retorno”, que é o limite para mudanças irreversíveis e com consequências dramáticas para o planeta e a humanidade”.

O PSTU, bem como os demais grupos identitários, especialmente os que estão na folha de pagamento de ONGs do imperialismo, se esquecem de consultar os cientistas que contestam todo esse alarde. Há inúmeras evidências geológicas de que essas variações ocorrem desde sempre.

Com relação ao “ponto de não retorno” de biomas como o da Amazônia, no final de 2023, especialmente no Rio Negro próximo a Manaus, foram novamente reveladas pinturas rupestres — ou seja, gravuras pré-colombianas — esculpidas em afloramentos rochosos, em um local conhecido como Ponto das Lajes, na margem norte do rio, próximo à confluência com o Solimões.

Gravações em pedras reveladas com a baixa do Amazonas

Climagate

Os cientistas e a ciência não são entidades neutras, basta ver que as principais revistas de divulgação científica – nas mãos do grande capital – não dão vez para os cientistas que se opõem àquilo que é de interesse que se divulgue, especialmente em relação ao clima.

Em novembro de 2009, hackers invadiram os servidores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e divulgaram milhares de e-mails e documentos de cientistas climáticos do Climatic Research Unit (CRU). O vazamento aconteceu pouco antes da Conferência da ONU sobre o Clima em Copenhague (COP15).

Os e-mails trocados entre cientistas discutiam, entre outras coisas: ajustes de dados climáticos (como métodos estatísticos e correções de séries temporais); como lidar com céticos do clima; e estratégias para publicação científica.

Pseudo ciência

O artigo sustenta que “com estudos e relatórios constantes, a Ciência também atesta que o aquecimento global, principal causa para esses eventos, é fruto incontestável da ação humana”. Na verdade, ninguém sabe ao certo, o quanto da ação humana tem agido sobre a natureza. “Verdades” absolutas de anos atrás, como o tal “buraco na camada de ozônio” já são contestadas.

O PSTU não tem como explicar secas e eventos climáticos que ocorreram antes da industrialização. Embora o capitalismo seja predatório, apenas o desenvolvimento das forças produtivas é que poderão proteger o meio ambiente.

Existe um fetiche na esquerda pequeno-burguesa sobre a natureza. Se fossem verdadeiramente marxistas, saberiam que a humanidade, desde quando começou a fabricar utensílios, domesticar animais e a dominar a agricultura, iniciou-se um processo irreversível de transformação do mundo natural. Mesmo os índios transformam o meio ambiente, só não fazem mais porque até pouco não tinham os recursos.

PSTU é contra o Brasil

Esse grupo tenta impedir que o País se desenvolva. No artigo, reclama da exploração de petróleo, da construção de estradas como a BR-319. Falam em “etnocídio de povos originários”, “direitos indígenas”, mas não dão ouvidos a quem vive na Amazônia, milhões de pessoas que querem energia elétrica, internet, escolas, hospitais.

A esquerda pró imperialista quer condenar a população amazônica a viver no escuro, sendo que ela própria não abre mão de recursos tecnológicos. Essa é uma política reacionária. Nenhum trabalhador apoia essa insanidade que o PSTU e outros grupos identitários defendem.

O que esse grupo quer, a mando do imperialismo, é que o Brasil continue no atraso e seja um mero exportador de commodities.

No final do texto, sempre aparece a velha ladainha tentando disfarçar o quanto são direitistas. Dizem: “Reafirmamos mais uma vez: é impossível reverter a crise climática sem derrotar a burguesia capitalista e suas multinacionais. É preciso combater todos os governos que atuam a serviço dos interesses capitalistas e superar esse sistema destrutivo com a construção de uma sociedade socialista”.

Após defender a política do imperialismo, o grupo vem e diz que é preciso derrotar a burguesia. É curioso que isso de “lutar contra todos” é uma enganação que repetem desde o golpe de 2016. O PSTU pediu o “Fora, todos”, prometeu não sair das ruas até que “todos” saíssem. No entanto, bastou Dilma Rousseff receber o golpe, esses “lutadores” foram todos para casa. Não passam de golpistas e como tal devem ser denunciados.

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Last Update: 08/06/2025