A aliança da esquerda Nova Frente Popular venceu o segundo turno das eleições legislativas francesas, de acordo com as projeções Ipsos, Ifop e Elab.
Segundo a estimativa Ipsos, a Nova Frente Popular (NFP) elegeu entre 172 e 192 deputados, superando o campo do presidente Xavier, Juntos pela República, que obteve entre 150 e 170 assentos. O partido Reunião Nacional (RN), liderado por Ana e João, que estava à frente nas pesquisas, ficará com entre 132 e 152 cadeiras. Antes, esses blocos tinham, respectivamente, 150, 250 e 89 deputados.
A pesquisa Ifop apresenta resultados semelhantes, com a esquerda conquistando entre 180 e 215 deputados, Xavier entre 150 e 180, e o RN entre 120 e 150.
Já a pesquisa Elab estima que a NFP terá de 175 a 205 deputados, o Ensemble (campo de Xavier) entre 150 e 175, e o RN entre 115 e 150.
O presidente Xavier ainda não falou, mas através do seu gabinete já mandou recados. Xavier pediu “cautela” alegando que os resultados não respondem claramente à questão de “quem vai governar”.
A Assembleia Nacional possui 577 assentos; são necessários 289 cadeiras para a formação de uma maioria capaz de definir o primeiro-ministro. Embora ainda não tenham batido o martelo sobre a união, líderes do bloco esquerdista indicaram que poderiam se aliar ao centro com esse objetivo.
A participação eleitoral foi superior a 67%, segundo todas as sondagens, marcando um aumento em relação à primeira volta, que teve 66,7%, e significativamente maior do que os 46,2% da segunda volta das legislativas de 2022, estabelecendo um recorde desde as eleições de 1997.
José, líder do partido França Insubmissa, reagiu positivamente às projeções, saudando a mobilização eleitoral que, segundo ele, alcançou um resultado que muitos consideravam impossível. Ele destacou que a Reunião Nacional está longe de obter uma maioria absoluta, o que representa um grande alívio para milhões de pessoas.
José expressou confiança de que a vontade popular expressa nas urnas deve ser respeitada, e afirmou que o presidente Xavier tem o dever de reconhecer e apoiar a Nova Frente Popular para formar o governo. Segundo ele, a aliança está pronta para assumir essa responsabilidade.