O presidente Lula recebeu uma carta assinada por mais de 12 mil brasileiros pedindo o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com Israel enquanto estava em Paris, na França, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL. O documento defende as medidas como sanções contra o país pelo genocídio em Gaza.
O texto, intitulado “Carta aberta ao presidente Lula sobre o genocídio do povo palestino e a necessidade de sanções ao Estado de Israel”, é assinado por nomes como Chico Buarque, Ney Matrogrosso, Gregório Duvivier, juristas, parlamentares e acadêmicos.
“A aplicação de sanções de direito internacional é o mecanismo adequado e essencial para endereçar a situação. Sem embargo, o Brasil segue exportando petróleo e negociando compra e venda de equipamentos militares com o Estado israelense e suas empresas”, diz trecho da carta.
O documento foi organizado pelo movimento BDS Brasil (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e ainda está aberto para novas assinaturas. As entidades envolvidas na elaboração da carta também vão promover um ato em São Paulo para pressionar o governo.
Durante sua passagem por Paris, Lula usou um lenço tradicional palestino recebido de presente e, durante discurso ao lado do presidente Emmanuel Macron, afirmou que Israel comete um “genocídio premeditado” contra mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
“Palestinos são seres humanos como todos nós. Estamos vendo um genocídio na nossa cara todo santo dia”, disse o petista. Ele ainda afirmou que os moradores de Gaza não podem ser tratados como se fossem “cidadãos de segunda categoria”.
O presidente está na França para agendas com Macron. Ele assinou uma série de acordos entre os países, participou de reuniões com o mandatário local em Paris e cobrou apoio ao tratado comercial entre União Europeia e Mercosul.
