Na última terça-feira (3), a Polícia Militar assassinou um jovem de 22 anos e feriu outro, de 26, durante abordagem no Morro Nova Cintra, em Santos, litoral de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 22h, na Avenida Dr. Manoel Antônio de Carvalho, em uma operação marcada por violência policial, segundo relatos de moradores em redes sociais. O caso foi registrado como “resistência” e “morte decorrente de intervenção policial”, mas a versão oficial da PM apresenta contradições que levantam suspeitas sobre a conduta dos agentes.

Segundo a Polícia Militar, uma equipe da Força Tática patrulhava a região quando avistou dois jovens em uma motocicleta, supostamente em “atitude suspeita”. Os policiais alegam que os jovens fugiram da abordagem, e o passageiro da moto teria sacado uma arma, levando os agentes a atirarem. A PM apresentou uma pistola, supostamente apreendida com as vítimas, que teria sido roubada de um guarda municipal de Praia Grande em 2018. Contudo, a narrativa policial não se sustenta. Dois jovens, sem proteção, em uma moto, enfrentariam policiais armados em um suposto confronto enquanto fugiam? A lógica do relato é tão absurda que indica uma tentativa mal-planejada de justificar um assassinato.

Moradores denunciam nas redes sociais que a operação envolveu abordagens violentas contra diversos condutores, contrariando a versão oficial que responsabiliza as vítimas. Imagens divulgadas mostram a cena do crime, com o jovem de 22 anos morto no local, conforme constatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O jovem de 26 anos, baleado, foi levado à Santa Casa de Santos, mas o hospital não divulgou seu estado de saúde até o fechamento desta matéria. A Prefeitura de Santos confirmou o atendimento do Samu, mas não forneceu detalhes adicionais.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 06/06/2025