Paralisação começou no dia 6 de maio e tem como reivindicação central o pagamento integral do piso nacional, já que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) não cumpre o que determina a lei. De acordo com a APLB-Sindicato, o salário dos professores está defasado em mais de 58%. Além disso, a categoria também reivindica a climatização das escolas, materiais pedagógicos e valorização profissional.

O prefeito da capital baiana apresentou no dia 29 de abril um reajuste linear de 4% no salário, proposta rejeitada pela categoria. Depois interrompeu a negociação e impôs uma votação de reajuste salarial na Câmara de Vereadores no dia 22 de maio. A sessão foi marcada por violência e agressão contra os grevistas.

Os vereadores aprovaram um reajuste que varia de 6,27% a 9,25%. Percentual bem distante do que reivindica a categoria e insuficiente para garantir o salário-mínimo conforme a Lei do Piso do Magistério. O valor de R$ 4.867,77 foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), no dia 31 de janeiro, e fixado como o novo piso nacional do magistério para 2025.

Criminalização da greve

O prefeito vem usando a Justiça para criminalizar a greve. A Justiça que deveria exigir que o prefeito cumpra o que determina a lei, vem exigindo o fim da paralisação e impondo multas ao sindicato.

No início da greve, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ordenou, em decisão liminar, a suspensão imediata da greve em um prazo de 24 horas. A determinação previu ainda uma multa diária de R$ 15 mil ao sindicato, caso não fosse cumprida. Mas os professores ignoraram a decisão da Justiça e mantiveram a mobilização.

No dia 22 de maio, quando o reajuste proposto pela prefeitura foi aprovado, a categoria começou a tarde com um protesto em frente ao Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador, na Praça São Tomé de Souza. A categoria não aceitou o reajuste aprovado. O TJ-BA categorizou a greve como ilegal e impôs nova multa diária, dessa vez de R$ 100 mil, ao sindicato dos professores. Apesar disso, a greve foi mantida.

Solidariedade

O PSTU tem expressado total solidariedade à greve dos professores e repudiado as ações arbitrárias da Justiça que tem classificado a greve como ilegal. Ilegal e imoral é o prefeito Bruno Reis que não cumpre o que determina a lei: “A greve continua, Bruno Reis a culpa é tua!”. Pagamento do Piso Nacional do Magistério, já!

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Last Update: 05/06/2025