Acontece, nesta segunda-feira 8, a 64ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. O encontro tem como principal destaque a ausência do presidente argentino Javier Milei, que preferiu participar de um evento conservador no Brasil.

Além disso, a reunião deve oficializar a entrada da Bolívia no bloco após oito anos de negociações. A embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, explicou que a expectativa é que o presidente Luis Arce chegue no evento com a ratificação.

“Eu acho que esse é um grande momento para o Mercosul, ver ampliada a participação com o ingresso de um país tão relevante para o Brasil como é a Bolívia”, disse. Arce também vai receber uma visita, na terça-feira 9, do presidente Lula (PT), que pretende prestar apoio ao boliviano após a tentativa de golpe sofrida no fim de junho.

O Mercosul foi criado há 33 anos, por meio do Tratado de Assunção e, de acordo ao Protocolo de Ouro Preto, a presidência pro tempore do bloco é exercida pelos Estados Partes, em rodízio e em ordem alfabética, por seis meses.

Na cúpula, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, passará a presidência do bloco ao presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

Durante a presidência do Paraguai, houve 14 reuniões ministeriais em várias áreas, com temas voltados para educação, saúde, justiça, trabalho, cultura, direitos humanos, meio ambiente, turismo, desenvolvimento social, população indígena.

Entre as medidas tomadas, também está a criação de comitês, sendo um dos mais importantes o de áreas de controle integrado nas fronteiras.

“Esses comitês são onde se decidem as coisas mais concretas. É importante para a região equacionar um pouco a questão das fronteiras. De não ter fila, de ter mais facilidades, de decidir as coisas. Vamos sentar e conversar”, disse a embaixadora.

O bloco econômico atualmente representa o equivalente à 7ª maior economia mundial, com PIB de US$ 2,86 trilhões, e engloba 67% do território da América do Sul.

Em 2023, o Brasil exportou US$ 23,56 bilhões para o bloco e importou US$ 17,09 bilhões, com superávit de quase US$ 6,5 bilhões.

A maior parte das exportações brasileiras foi composta por produtos manufaturados, e as principais mercadorias comercializadas entre os membros do bloco são automóveis, peças automotivas, energia e soja.

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Última Atualização: 07/07/2024