Na última segunda-feira (2), o agente da Guarda Civil Municipal e militante do Movimento Brasil Livre (MBL) Victor Ruiz, acompanhado de quatro homens, invadiu o campus da Universidade de São Paulo (USP) para retirar faixas de protesto contra a anistia a bolsonaristas, ofendendo estudantes com termos como “vagabundos” e “maconheiros”. A ação, gravada e divulgada nas redes sociais, foi a segunda de Ruiz em menos de um mês, após incidente semelhante em 14 de maio.
A reitoria da USP e a Polícia Militar não intervieram, permitindo que o grupo agisse livremente, segundo denúncias de alunos. Uma estudante declarou ao perfil Fiscais do Lula: “esperamos que a universidade não deixe seus alunos enfrentarem esse tipo de afronta sozinhos.” Outra publicação ironizou: “ele é tão machão que veio garantido por outros homens iguais ou piores que ele. Cadê a segurança da USP? Por que não foram detidos e levados à delegacia?”
A formação de comitês de autodefesa estudantis é essencial para proteger os alunos contra provocações do MBL. A reitoria e a polícia, que apoiam tais atos ou reprimem outras manifestações, não podem garantir a segurança de ninguém, além da própria. Pedir mais policiamento é entregar o campus ao lobo, enquanto os estudantes devem organizar sua própria defesa.