O presidente Lula segue honrando seu compromisso com o desmatamento zero até 2030 e nesta terça-feira (3) anunciou o maior financiamento da história do Fundo Amazônia no valor de R$ 825,7 milhões para fortalecer e modernizar as ações de defesa do meio ambiente e combate à devastação.
O maior apoio financeiro já realizado para o Fundo será destinado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para execução do projeto de Fortalecimento da Fiscalização Ambiental para o Controle do Desmatamento Ilegal na Amazônia (FortFisc), que vai ampliar a presença do Estado na Amazônia Legal e garantir a modernização tecnológica nas ações de combate ao desmatamento ilegal.
“Na Semana Mundial do Meio Ambiente, o Brasil reafirma seu compromisso com a proteção da natureza e com o desenvolvimento sustentável! Seguimos avançando na proteção da nossa biodiversidade, da Amazônia e do futuro do planeta”, afirmou o presidente em postagem na rede social X com foto ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, no evento no Palácio do Planalto.
🌱 Na Semana Mundial do Meio Ambiente, o Brasil reafirma seu compromisso com a proteção da natureza e com o desenvolvimento sustentável! Nesta semana, anunciamos importantes ações:
1️⃣ R$ 825,7 milhões do Fundo Amazônia serão destinados ao Ibama, para fortalecer o combate ao… pic.twitter.com/NmauggX7ym
— Lula (@LulaOficial) June 4, 2025
Com prazo de execução de 60 meses, serão investidos recursos na compra de helicópteros de grande porte com proteção balística, drones de alta tecnologia e a construção de bases aéreas e helipontos estratégicos na floresta.
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“Que a gente possa fazer esse esforço estruturante de mudança, nessa Semana do Meio Ambiente, e assumir o compromisso com a proteção da vida, dos mais vulnerabilizados e com um novo modelo de desenvolvimento que crie um novo ciclo de prosperidade”, ressaltou a ministra de Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante o evento que reuniu os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e do Ibama, Rodrigo Agostinho.
O presidente do PT, senador Humberto Costa, participou da solenidade, junto com os ministros Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais; Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência; Macaé Evaristo, de Direitos Humanos e Cidadania, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, Ricardo Lewandowsky, da Justiça, e Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Contra a precarização das leis ambientais
Marina Silva aproveitou a oportunidade para reforçar a defesa da lei sem precarização. “Precisamos dos marcos regulatórios necessários. Podemos mudar as leis para ganhar agilidade nos processos, como é o caso do licenciamento, mas a lei não pode ser precarizada. A lei precisa ser mantida naquilo que é essencial, proteger a biodiversidade, os recursos hídricos, o solo, o ar que a gente respira”, assinalou a ministra em trecho postado pelo Govbr na rede X.
Foram anunciados o investimento de R$ 825,7 milhões do Fundo Amazônia para o maior projeto de combate ao desmatamento ilegal do IBAMA. Acompanhe a fala da ministra do @mmeioambiente, Marina Silva. 👇
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— Governo do Brasil (@govbr) June 3, 2025
Além dos quase R$ 1 bilhão para o Fundo, o presidente anunciou também a criação de três novas Unidades de Conservação no Espírito Santo e Paraná, protegendo espécies ameaçadas e fortalecendo comunidades tradicionais, e a ampliação do programa Áreas Protegidas da Amazônia, beneficiando comunidades das 60 Unidades de Conservação de uso sustentável, para apoiar quem cuida da floresta. O governo lançou também uma nova estratégia nacional para conservação de recifes de coral (ProCoral) para garantir a saúde desses ecossistemas frente às mudanças climáticas.
Expansão e segurança nas ações
A destinação da cifra recorde ao Ibama está alinhada às diretrizes do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), da Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+) e da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).
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Estão previstos investimentos na instalação de centro de treinamento, bases móveis de fiscalização, depósitos para bens apreendidos e novos sistemas digitais para monitoramento ambiental e aplicação de sanções. Haverá recursos também para o uso de inteligência artificial para autuação remota e o fortalecimento da gestão institucional do Ibama, garantindo mais eficiência, segurança e alcance às ações de comando e controle.
Fortalecimento da capacidade operacional do Ibama
O apoio financeiro recorde ao Fundo Amazônia é, para o presidente do BNDES, Aluísio Mercadante, a reafirmação do compromisso do governo com o cumprimento das metas ambientais. “Fortalecer o Ibama com recursos, tecnologia e estrutura significa proteger nossas florestas, garantir a aplicação da lei e combater a impunidade ambiental”, afirmou.
Para Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, a assinatura do projeto FortFisc reforça significativamente a capacidade operacional do órgão no combate aos crimes ambientais, consolida os avanços obtidos e impulsiona o governo rumo à meta de desmatamento zero até 2030.
Os recursos para o Fundo Amazônia são um grande avanço no combate à impunidade ambiental. O Ibama lavra cerca de 10 mil autos de infração por ano no país. Só na Amazônia Legal, entre 2019 e 2023, foram mais de 20 mil autos, 8,4 mil embargos e R$ 9 bilhões em multas aplicadas. A expectativa é reverter esse quadro, já que as equipes terão maior agilidade e integração no processo administrativo sancionador, desde a detecção do ilícito até a execução das penalidades.
Fundo Amazônia tem 128 projetos de R$ 3 bi
Gerido pelo BNDES sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Fundo Amazônia capta recursos para prevenir, monitorar e combater o desmatamento, e promover a conservação e o uso sustentável da Amazônia Legal.
O Fundo tem uma carteira de 128 projetos apoiados, no valor de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, e já aprovou recursos para projetos em todos os eixos de execução do PPCDAm de promoção da produção sustentável, gerando renda e melhores condições de vida para os povos e comunidades tradicionais que mantêm a floresta em pé, atingindo mais de 500 organizações comunitárias e mais de 200 mil pessoas, a projetos de ordenamento territorial que já beneficiaram povos indígenas em mais de 120 terras indígenas.
Da Redação, com informações da Agência Gov