Atendendo à deliberação de assembleia da categoria, auditoras e auditores fiscais tributários do Estado de Sergipe paralisaram as atividades por 24 horas nesta terça-feira (03), em todas as unidades da Secretaria da Fazenda (Sefaz/SE) — incluindo sede, postos fiscais e Ceacs. A mobilização foi convocada pelo Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (Sindifisco/SE) com o objetivo de sensibilizar o governo estadual a abrir uma mesa de negociações.

Na véspera (02), o sindicato promoveu o protesto animado e simbólico chamado “Forró do Calote”, realizado em frente à sede da Sefaz/SE, com a participação expressiva da categoria. Após o ato, o Sindifisco protocolou dois ofícios: um endereçado ao governador Fábio Mitidieri e outro à secretária da Fazenda, Sarah Tarsila Andreozzi, solicitando uma reunião para tratar das reivindicações apresentadas em 2024.

Para o presidente do Sindifisco-SE, José Antônio, a semana foi marcada por forte mobilização. “Os auditores e auditoras atenderam plenamente à decisão da assembleia. A categoria demonstrou unidade e força, tanto no ‘Forró do Calote’ quanto na paralisação de 24 horas. Agora, a diretoria fará uma avaliação dos atos recentes e, possivelmente, convocaremos novas mobilizações. Não está descartada a deflagração de uma greve geral por tempo indeterminado”, afirmou.

Segundo o dirigente, a principal expectativa do sindicato é abrir o diálogo com o Executivo. “Esperamos que essa demonstração de unidade e determinação do Fisco estadual quebre a insensibilidade do governo e leve à negociação efetiva da pauta apresentada. A categoria está decidida a exigir seus direitos — em especial, a regulamentação do Bônus de Aumento de Produtividade (BAP), que foi negociado em 2023. Trata-se de uma medida com impacto mínimo: representaria menos de cinco centésimos de acréscimo na despesa com pessoal, ou seja, um valor irrisório”, ressaltou José Antônio.

Durante o ato do “Forró do Calote”, o presidente do sindicato já havia celebrado o engajamento da categoria. “A categoria deu um recado claro ao governo e à Sefaz: não aceitamos mais um ano sem recomposição salarial. Acumulamos perdas superiores a 40%. A promessa do governador de aproximar nosso salário da média do Fisco Nacional não está sendo cumprida. Antes, apenas a Paraíba tinha remuneração inferior à nossa. Agora, somos efetivamente os lanternas entre os Fiscos Estaduais do Brasil. Se neste momento de crescimento da receita estadual não conseguirmos sensibilizar o governo, o futuro será ainda mais difícil. A hora de agir é agora. O Fisco exige respeito. Que se cumpra o que foi negociado”, finalizou.

Sindifisco-SE.

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Last Update: 04/06/2025