A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). No pedido, o procurador-geral Paulo Gonet também requisitou a inclusão do nome da bolsonarista na difusão vermelha da Interpol, além do sequestro de bens e da apreensão de seu passaporte, conforme informações do Globo.

O objetivo das medidas, segundo a PGR, é garantir a aplicação da lei e assegurar a reparação dos danos causados, conforme a denúncia que resultou na condenação de Zambelli pela Corte, no dia 14 de maio. A solicitação será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Zambelli afirmou ter deixado o Brasil na terça-feira (3), em entrevista à Rádio Auriverde, transmitida no YouTube. Ela alegou ser alvo de “perseguição judicial” e declarou que pretende viver em alguma cidade do interior da Itália, utilizando sua cidadania italiana para evitar uma possível extradição.

Após a fuga, a bolsonarista também desafiou Moraes. Ela afirmou que autoridades brasileiras podem até acionar a Interpol, organização internacional que facilita a cooperação policial entre países, mas não vão conseguir retirá-la da Itália.

“Eu tenho um passaporte italiano, pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália. Sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a Justiça italiana me prenda. E aí não vai ser o Alexandre de Moraes, vai ser a Justiça italiana. Estou pagando para ver um dia desses”, disse a parlamentar à CNN Brasil.

No pedido encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a prisão preventiva é uma medida cautelar e não representa uma antecipação da pena.

A condenação de Zambelli e do hacker Walter Delgatti foi unânime na Primeira Turma do STF. Ambos foram sentenciados a 10 anos de prisão em regime fechado por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Zambelli também perdeu o mandato parlamentar por oito anos, conforme voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

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Last Update: 04/06/2025