Jornalões não tratam a fuga de Zambelli pelo nome. Por Moisés Mendes

A fugitiva Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Mesmo que sejam expostos como covardes pela imprecisão, os jornalões não chamam pelo nome a fuga de Carla Zambelli.

Vejam as chamadas de capa. Essa é a da Folha:

“Zambelli diz ter saído do país após condenação pelo STF e risco de prisão”

Essa é a do Globo:

“PGR deve pedir prisão preventiva de Carla Zambelli após ida para a Europa”

E essa do Estadão:

“Carla Zambelli diz que deixou o Brasil, dias após ter sido condenada à prisão pelo STF”

Os manés do 8 de janeiro fogem para todo lado, principalmente para a Argentina, mas não a deputada, que já admitiu que irá se refugiar na Europa com a sua cidadania italiana, ou seja, confessou que fugiu e que não pretende voltar.

Golpistas invadiram a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Foto: Joedson Alves / Agência Brasil

Os jornalões tratam a extrema direita com muito respeito. Não venham com a conversa de que, sob o ponto de vista do Direito, Zambelli não é uma foragida, porque ainda não existia uma ordem de prisão contra ela.

A atitude da condenada a 10 anos de cadeia é, assumidamente, a de quem foge para escapar da prisão. A deputada já avisou: “Como cidadã italiana, sou intocável na Itália”.

É a frase definidora de uma fugitiva que se antecipa ao que a espera, que é a ordem de prisão, depois de condenada por ter invadido o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto, em janeiro de 2023.

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