O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, mais conhecido como MC Poze, foi solto pela Justiça durante a tarde desta terça-feira 3. Ele foi recebido por uma multidão de fãs em frente ao presídio Bangu 3, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro (RJ), onde estava desde o dia 29 de maio.
Enquanto os fãs esperavam a liberação do MC, houve confusão com a Polícia Militar, que usou gás de pimenta para dispersar a multidão. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) também utilizou grades para conter a população.
CartaCapital questionou a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro sobre o caso, mas ainda não obteve retorno. O espaço para manifestação segue aberto.
— Bruno Porto (@ob_porto) June 3, 2025
Havia cerca de 300 fãs e familiares esperando o cantor, que saiu acompanhado dos advogados. MC Poze é investigado por suposto envolvimento com a facção Comando Vermelho e por apologia ao crime em suas músicas.
Na decisão que determinou a soltura do MC, o desembargador Peterson Barroso disse não ver elementos suficientes para justificar a prisão por 30 dias. “O alvo da prisão não deve ser o mais fraco (…), e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade“, destacou Barroso.
A defesa afirma que a ligação do cantor com o crime organizado partiu de um preconceito com o seu perfil, de jovem, negro e periférico, além de ressaltar que o réu é primário e com bons antecedentes.