No último domingo (1º) a Confederação Israelita no Brasil (Conib), criticou o presidente Lula por sua declaração durante o Congresso do PSB, em Brasília. O mandatário brasileiro também leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores que condena a decisão de “Israel” de instalar 22 novos assentamentos na Cisjordânia.

A organização sionista afirmou que o presidente brasileiro promove o “antissemitismo entre seus apoiadores” e “se dedica a deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu”. Além disso, a entidade afirma que “Israel não pratica genocídio em Gaza” e que a ocupação e o exército israelense está fazendo “é se defender de uma organização terrorista”. Diz a nota

“Israel não pratica genocídio em Gaza, e quem promove este libelo antissemita o faz buscando ganhos oportunistas ou ignorando os fatos. O que Israel efetivamente faz é se defender de uma organização terrorista que se esconde atrás de civis palestinos, o que fica comprovado diariamente. […] O presidente da República, com suas falas antissemitas e irresponsáveis, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores, numa atitude irresponsável e destrutiva.”

Lula criticou o governo de ocupação e afirmou que os ataques na Faixa de Gaza são motivados por “vingança de um governo pela possibilidade da criação de um Estado palestino”. O atual presidente do Brasil voltou a falar que há um genocídio em curso contra a população palestina. “Essa guerra, nem o povo judeu quer ela. A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra, o povo de Israel não quer essa guerra. Essa guerra é uma vingança de um governo pela possibilidade da criação de um Estado palestino”, disse Lula.

“O que estamos vendo é um exército altamente militarizado matando mulheres e crianças. Isso não é uma guerra, é um genocídio”, reforçou o presidente. Também no domingo, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro soltou uma nota condenando aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, “território que é parte integrante do Estado da Palestina” afirma trecho da nota.

“Essa decisão constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional e contraria frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter esse país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território.”

Nesta segunda-feira (2) a Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), saiu em defesa do presidente Lula diante das acusações da Conib. Segundo Gleisi, a entidade tem distorcido de forma sistemática os posicionamentos do presidente em relação ao massacre da população palestina.

“Mais uma vez a Confederação Israelita do Brasil distorce e manipula declarações do presidente Lula sobre o massacre da população Palestina em Gaza”, escreveu a ministra em sua conta oficial nas redes sociais. Hoffmann enfatizou que Lula “sempre distinguiu a comunidade judaica do governo de extrema-direita de Israel, que conduz a política de extermínio em Gaza”. Ela concluiu afirmando que “dizer a verdade é essencial quando se quer promover a paz”.

 

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 03/06/2025