Monte Rinjani, na Indonésia, onde brasileira de 26 anos caiu

O Monte Rinjani, onde a brasileira Juliana Marins caiu durante uma trilha, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia. Localizado na ilha de Lombok, possui 3.726 metros de altitude e é conhecido por sua trilha longa e exigente, que leva ao seu cume. A jovem de 26 anos caiu cerca de 300 metros, em uma das áreas mais íngremes do percurso, e aguarda resgate há mais de 60 horas.

Com uma atividade sísmica contínua, o Rinjani é um vulcão ativo que tem registrado erupções frequentes desde 2016. Apesar da atividade constante, a região é bastante frequentada por turistas que buscam fazer trilhas desafiadoras, os chamados trekkers . O vulcão é conhecido por suas paisagens deslumbrantes, incluindo a cratera Segara Anak, um lago que se formou dentro do vulcão e atrai trekkers de todo o mundo.

A trilha até o cume do Monte Rinjani é famosa por sua dificuldade. O percurso exige grande esforço físico, resistência e preparação. As rotas podem durar entre dois a quatro dias, passando por terrenos escorregadios, penhascos e florestas densas. A maior parte do trajeto envolve subidas íngremes, com variações bruscas de temperatura e condições climáticas imprevisíveis, como a neblina densa que afeta a visibilidade e o frio intenso em determinadas áreas.

Para garantir uma maior segurança durante o percurso, a recomendação é o uso de botas de trilha resistentes, bastões de caminhada e roupas térmicas. A trilha também inclui acampamentos improvisados em pontos estratégicos, onde os trekkers podem descansar e continuar a jornada no dia seguinte. Contudo, a estrutura na região é limitada, com poucos pontos de apoio ao longo da rota, tornando a experiência mais difícil e exigente.

Juliana Marins
Foto: Reprodução/Redes sociais

O parque nacional que abriga o Monte Rinjani tem restrições em relação à acessibilidade, especialmente durante períodos de maior instabilidade sísmica. Embora o parque continue a receber visitantes, as autoridades locais recomendam cautela. A presença de guias locais licenciados é altamente recomendada, já que eles conhecem as rotas mais seguras. Porém, o treinamento desses guias nem sempre segue os padrões internacionais, o que pode representar um risco adicional.

Juliana Marins estava acompanhada por guias locais quando sofreu o acidente. Ela caiu cerca de 300 metros em uma das áreas mais íngremes da trilha, nas proximidades da cratera Segara Anak. Após o acidente, Juliana ficou cerca de uma hora sozinha até ser localizada por outros trekkers. As equipes de resgate, que foram mobilizadas para ajudá-la, enfrentaram condições climáticas difíceis, com ventos fortes e neblina, o que resultou na suspensão das buscas por diversas vezes.

A região do Monte Rinjani, embora famosa por sua beleza, já registrou outros acidentes fatais ao longo dos anos, devido à dificuldade do terreno e às condições imprevisíveis do clima. Esses acidentes, incluindo o de Juliana, ressaltam a necessidade de maior vigilância e medidas de segurança para os trekkers. A pouca infraestrutura nas encostas do vulcão torna o resgate mais desafiador e lento, especialmente em áreas mais remotas.

Além dos riscos naturais, o vulcão também apresenta desafios para os serviços de emergência. A falta de infraestrutura adequada e a difícil acessibilidade da área tornam o trabalho das equipes de resgate mais demorado. Mesmo com os esforços das autoridades locais, as buscas têm sido interrompidas pela mudança das condições climáticas e pela dificuldade do terreno, que torna as operações mais complexas.

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Last Update: 23/06/2025