O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar a ação penal contra Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, de 67 anos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar.
Moraes rejeitou todas as preliminares apresentadas e condenou Fátima a 17 anos de prisão. As acusações contra ela incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Além da pena de prisão, a simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro terá que pagar R$ 30 milhões em danos materiais, em solidariedade com outros condenados.
No seu voto, Moraes mencionou um vídeo em que Fátima aparece durante os atos terroristas de 8 de janeiro. O vídeo mostra Fátima sendo identificada por um dos indivíduos que a acompanha, afirmando que ela estava “quebrando tudo”.
Na filmagem, a bolsonarista disse: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, em referência a Moraes. No mesmo vídeo, Fátima também afirmou ter “cagado tudo nessa bosta aqui”.
Fátima de Tubarão, 67 anos, quebrando tudo 😱⬇️ pic.twitter.com/Z6U6QHcmFP
— Senhora RIVOTRIL🚩❤️ (@SRivoltril) January 8, 2023
A apoiadora do ex-presidente foi detida em 27 de janeiro, na terceira fase da Operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal (PF), que investiga os ataques antidemocráticos promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
Além da condenação atual, Fátima já havia sido condenada por tráfico de drogas em 2012 e enfrenta processos por estelionato e falsificação de documentos públicos, conforme informações do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).