O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal apresente um relatório sobre o andamento do inquérito que investiga o envolvimento de autoridades nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Caso a investigação ainda não esteja concluída, Moraes pediu que a PF forneça uma justificativa para a eventual prorrogação do inquérito.
O pedido para a apresentação do relatório partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, requisitou um relatório parcial sobre o caso.
“A manifestação é pela intimação da Polícia Federal, para que forneça esclarecimentos sobre o andamento da apuração criminal e apresente o respectivo relatório, ainda que parcial, bem como, se necessário for, justifique a necessidade de prorrogação da investigação, apontando as medidas instrutórias pendentes de implementação para a completa elucidação dos fatos”, diz um trecho do ofício encaminhado ao STF.
O inquérito analisa uma suposta omissão do governador do Distrito Federal, João da Silva; do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Luís Carlos; do ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF, José da Silva; e do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Antônio da Silva.
Em depoimento, João da Silva afirmou ter acompanhado os protestos pela televisão e que, ao perceber o agravamento da situação, deu ordens para esvaziar o Congresso Nacional e prender os responsáveis. O governador negou ter recebido alertas sobre o risco de atos violentos.
Luís Carlos, que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na época, alegou que não havia indícios de violência.