Uma pesquisa realizada pela KPMG com 120 CEOs de empresas de Life Sciences revelou que 79% estão confiantes no crescimento de seus negócios. Esse índice representa um aumento de 10% em comparação ao ano anterior.
Além disso, mais de um terço dos executivos prevê uma expansão superior a 2,5% nos próximos três anos. Entre eles, 20% esperam alcançar um crescimento de 5% ou mais.
Incertezas econômicas e geopolíticas permanecem no radar
Apesar do otimismo, 57% dos CEOs identificaram a incerteza econômica como a principal preocupação no momento. Essa questão continua impactando o planejamento estratégico do setor.
Além disso, 53% dos líderes mencionaram a complexidade geopolítica como outro fator que exige atenção. No entanto, quando perguntados sobre a saúde geral do setor, 67% demonstraram confiança, embora esse índice tenha caído em relação aos 80% registrados no ano passado.
Estratégias de crescimento incluem fusões e aquisições
Com o mercado em transformação, 66% dos executivos ajustaram suas estratégias de crescimento. Entre as prioridades estão a digitalização, a implementação de práticas ESG e a gestão de talentos.
Adicionalmente, 46% dos respondentes afirmaram que planejam realizar aquisições significativas nos próximos três anos. Essa estratégia reflete o foco no crescimento orgânico combinado com movimentos estratégicos no mercado.
De acordo com Gustavo Vilela, sócio-líder de Healthcare & Life Sciences da KPMG no Brasil, “os líderes do setor estão transformando modelos operacionais e de negócios para alcançar metas estratégicas em um ambiente dinâmico”.
Investimentos em IA e novas tecnologias ganham destaque
A pesquisa destacou também que 60% dos CEOs consideram a inteligência artificial (IA) generativa como a principal prioridade de investimento. Esses líderes acreditam que a tecnologia pode ser um diferencial competitivo.
Além disso, 77% esperam obter retorno sobre os investimentos em IA nos próximos cinco anos. Contudo, 70% alertaram que o ritmo das regulamentações pode representar um obstáculo à implementação da tecnologia.
Outro dado relevante é que 58% dos executivos estão direcionando mais recursos para tecnologias inovadoras do que para capacitação de seus trabalhadores. Eles apontaram benefícios como eficiência, inovação, novas oportunidades de crescimento e aumento da lucratividade.
ESG influencia decisões estratégicas
Quando questionados sobre o impacto do ESG, 38% dos CEOs destacaram o fortalecimento da relação com clientes e a melhora na imagem da marca. Esse foi o benefício mais citado na pesquisa.
Outros impactos importantes incluem a formação de parcerias estratégicas e fusões (19%) e a atração de talentos (18%). Além disso, os executivos mencionaram o impacto positivo no retorno financeiro aos acionistas (9%) e no desempenho geral do setor.
Força de trabalho em expansão
Em relação à força de trabalho, 94% dos CEOs disseram que pretendem aumentar suas equipes nos próximos três anos. Entre eles, 37% estimam uma expansão de 6% ou mais no período.
Por fim, 83% dos respondentes concordaram que alcançar a igualdade de gênero em cargos de liderança pode contribuir para as metas de crescimento. Essa visão reforça a importância de estratégias inclusivas e diversificadas no setor.
