Dados revelam que, desde 2014, 70% dos adolescentes que estavam em lares que recebiam o Bolsa Família deixaram de depender do benefício. Esse resultado faz parte do estudo “Filhos do Bolsa Família: uma análise da última década do programa”, que comprova a eficácia do programa, criado pelo presidente Lula, em quebrar o ciclo de pobreza entre gerações de uma família.
O levantamento foi realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apresentação na sexta-feira (5), no Rio de Janeiro (RJ).
Na faixa etária entre 15 e 17 anos, 71,25% dos jovens deixaram o programa até 2025, considerando o período desde 2014. Já entre 11 e 14 anos, o percentual chega a 68,8%.
Na média geral, sem considerar a idade dos beneficiários, 60,68% deixaram o Bolsa Família, demonstrando o sucesso em impedir que a realidade de pobreza se perpetue. Isto significa que 6 em cada 10 pessoas deixaram o programa desde 2014.
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Outro dado indica que 52,67% dos adolescentes entre 15 e 17 anos em núcleos beneficiados pelo Bolsa Família, em 2014, também saíram do Cadastro Único (CadÚnico), que inclui faixas de renda superiores ao programa, uma situação que indica a forte contribuição que o benefício proporciona para a vida da população brasileira.
Além disso, 28,4% desse total hoje têm emprego com carteira assinada e na faixa etária de 11 a 14 anos, 46,95% saíram do CadÚnico e 19,10% também têm vínculo formal.
O ministro do MDS, Wellington Dias, destaca que gerações de filhos e filhas de pais que dependiam do Bolsa Família estão saindo da pobreza, o que demonstra que desenvolvimento social e desenvolvimento econômico devem andar juntos.
Dias ainda afasta qualquer imputação pejorativa ao programa, como tenta a extrema direita: “Ao contrário do preconceito difundido, de que o Bolsa Família desestimula o emprego, temos evidências científicas de que o programa atua estimulando o emprego e a superação da pobreza”, celebrou.
De acordo com os dados revelados, a tendência para as próximas décadas é de continuidade com mais ganhos de autonomia, redução da pobreza e fortalecimento do mercado de trabalho.
Neste aspecto, o MDS destaca que a mudança de vida dos “filhos do Bolsa Família” é ainda mais evidente quando a proteção de renda se combina com educação, serviços públicos e oportunidades locais. “As maiores taxas de saída ocorrem em áreas urbanas, em domicílios com melhor infraestrutura, entre jovens cujos pais tinham emprego formal e famílias com maior escolaridade. Porém, mesmo em contextos de maior vulnerabilidade, mais da metade dos jovens também conseguiu romper com a dependência do programa”.
*Com informações do MDS