7 mitos e verdades comuns sobre o diabetes

No Dia Nacional do Diabetes, em 26 de junho, se reforça o alerta para conscientização e prevenção da doença. Não apenas fatores genéticos, mas a ausência de hábitos saudáveis na alimentação e o estilo de vida sedentário são fatores de risco para seu desenvolvimento.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), calcula-se que mais de 530 milhões de adultos vivem com a condição no mundo — e esse número pode atingir 640 milhões até 2030.

“No Brasil, estima-se que a doença afeta perto de 20 milhões de pessoas, e o alarmante é que muitas delas ainda [estão] sem diagnóstico. Por isso, a conscientização dos riscos, do controle e o acesso à informação são fundamentais para que não se atinja um quadro clínico mais grave, que gere outras complicações sérias que possam colocar em risco a vida do paciente”, alerta o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da Obesity Society (FTOS-USA), presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e palestrante do CBN2025.

Riscos do diabetes

O diabetes mellitus é uma condição metabólica em que ocorre uma produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.

Sem controle, o diabetes pode afetar diversos órgãos e causar doenças cardiovasculares, como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC); retinopatia diabética, com risco de cegueira; nefropatia, com comprometimento dos rins; neuropatia, formigamentos, dores ou perda de sensibilidade, e pé diabético, provocando desde infecções graves a amputação.

Tipos de diabetes

O diabetes é classificado em alguns tipos. Os principais são:

  • Tipo 1: é uma doença autoimune. O sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Geralmente se manifesta na infância ou na adolescência e requer uso diário de insulina.
  • Tipo 2: considerada a forma mais comum e está associada principalmente à resistência à insulina. Atinge, na maioria, adultos, mas tem ocorrido um aumento entre jovens, devido ao sedentarismo e à alimentação desequilibrada e não saudável.
  • Diabetes gestacional: desenvolvida durante a gravidez, em alguns casos pode representar risco tanto para a mãe quanto para o bebê. É essencial o monitoramento contínuo e rigoroso de um especialista. Geralmente desaparece após o parto, mas pode ser risco futuro para desencadear o diabetes tipo 2.
Mulher testando nível de glicose com monitor contínuo no celular
Alguns cuidados são importantes para manter o diabetes sob controle (Imagem: Andrey_Popov | ShutterStock)

Mitos e verdades sobre o diabetes

Abaixo, o Prof. Dr. Durval Ribas Filho esclarece os principais mitos e verdades sobre o diabetes. Confira!

1. Comer muito açúcar causa diabetes

Mito. Exagerar no consumo de açúcar não causa diabetes de uma forma direta. Porém, está associado ao ganho de peso e obesidade, o que é um importante “gatilho” e fator de risco para desenvolver a doença.

2. Apenas pessoas com excesso de peso têm diabetes

Mito. As pessoas magras também podem desenvolver a doença, especialmente o tipo 1, que é autoimune. No diagnóstico, deve-se considerar fatores genéticos e histórico familiar.

3. Diabético nunca pode comer doces

Há ressalvas. A regra é moderação. Os doces devem fazer parte de um controle e planejamento de uma dieta equilibrada e com orientação médica e nutricional.

4. Diabetes tem cura

Mito. Por ser uma doença crônica, ainda não tem cura. Mas, sob controle, permite uma boa qualidade de vida, aliada a um estilo de vida saudável, dosagem correta dos medicamentos e contínuo acompanhamento médico.

5. Insulina causa dependência

Mito. Em muitos casos, o uso deste hormônio faz parte do tratamento e não causa dependência.

6. Atividade Física é importante

Verdade. Os exercícios feitos com regularidade auxiliam para melhorar a sensibilidade à insulina e o controle da glicemia, o que contribui para o bem-estar no dia a dia.

7. Cegueira e amputações são riscos do diabetes não tratada

Verdade. Estas complicações são muito graves e podem acontecer caso a doença não seja controlada de forma adequada.

Por Edna Vairoletti

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