Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Foto: Reprodução

Após uma série de movimentos fracassados, bolsonaristas apostam nos atos de 7 de setembro deste ano para pressionar o Congresso a aprovar a anistia ampla aos condenados do 8 de Janeiro, incluindo Jair Bolsonaro (PL).

O movimento ganhou fôlego depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu pressão para pautar o tema com apoio do centrão. A expectativa é que Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sejam utilizados para reforçar a mobilização e dar mais peso político ao movimento.

Em vídeo divulgado nas redes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou apoiadores para as ruas. “Essa vai ser a última manifestação antes da farsa que Alexandre de Moraes armou para condenar meu pai a 40 anos de prisão, mesmo sem ter feito absolutamente nada”, disse. Ele também ressaltou que “quanto mais brasileiros nas ruas no 7 setembro, mais rápido vamos conseguir aprovar a anistia aqui no Congresso”.

 

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A proposta foi apresentada pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e prevê perdão de crimes desde o inquérito das fake news, em 2019, permitindo que Bolsonaro concorra em 2026. Apesar disso, setores do centrão defendem uma versão mais enxuta, que teria menos resistência no Legislativo e manteria a inelegibilidade do ex-presidente, abrindo espaço para nomes como Tarcísio de Freitas.

O governador paulista já confirmou presença na Paulista no 7 de setembro, diferentemente do último ato em agosto, quando esteve ausente por motivos médicos. Também são esperadas as participações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Todos reforçam a estratégia de dar peso político às manifestações.

Silas Malafaia, pastor e organizador do ato em São Paulo, disse esperar grande público. Ele afirmou que a mobilização de evangélicos aumentou após seu indiciamento pela Polícia Federal.

A votação do texto dependerá da posição de líderes como Hugo Motta e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que se mostra contrário à anistia ampla e sinalizou apoiar um projeto alternativo. Ainda assim, bolsonaristas apostam no 7 de setembro como a principal vitrine para tentar ganhar fôlego político na luta pela anistia.

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Last Update: 07/09/2025