O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando 31 perfis suspeitos de aplicarem golpes online utilizando fotos das vítimas do acidente aéreo da VoePass, que ocorreu na última sexta-feira (9) em Vinhedo (SP). Com 62 mortes confirmadas, o caso é considerado a maior tragédia aérea do Brasil em 17 anos.
Os golpistas estavam levantando recursos fraudulentos alegando que as doações seriam destinadas às vítimas do acidente. A investigação está a cargo do Cyber Gaeco, a unidade especializada do MP-SP para crimes virtuais, em colaboração com o Cyber Lab do Ministério da Justiça.
A rápida ação conjunta resultou na remoção de vários perfis das plataformas online antes mesmo de uma ordem judicial, com o objetivo de minimizar o impacto desses golpes. Além de monitorar e retirar perfis fraudulentos, o MP-SP está oferecendo suporte psicológico, social e jurídico às famílias das vítimas.
A Promotoria também acompanha a investigação da Polícia Civil para apurar as causas da queda do avião. De acordo com o UOL, criminosos têm se aproveitado da tragédia para enganar as pessoas, criando perfis falsos que se passam por familiares das vítimas.
Esses perfis divulgam campanhas de arrecadação para despesas de translado, velório e enterro das vítimas. Entre as fraudes identificadas estão perfis que utilizam fotos de Helena Santos, uma das vítimas, para promover jogos de azar e outras atividades fraudulentas.
Também foram encontrados perfis falsos com o nome de Beatriz Silva, que compartilham fotos dela e de sua família. Além disso, perfis falsos com o nome de Luana Oliveira, uma menina de três anos que estava com seu pai, Rafael Fernando, também foram criados.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já obteve dados e áudios das caixas pretas do avião. Foi informou que a aeronave estava com toda a documentação em dia e que os pilotos eram devidamente treinados. A teoria de que o gelo acumulado na fuselagem tenha causado a perda de sustentação ainda não foi confirmada nem descartada.
O governo de São Paulo reservou acomodações na região central da capital para os familiares das vítimas, que estão chegando para o reconhecimento dos corpos. A Secretaria de Desenvolvimento Social está monitorando o atendimento às famílias.