O mercado de Venture Capital na América Latina está em constante expansão. Em outubro de 2024, o Distrito registrou o maior volume de investimentos do ano. Ao todo, foram US$ 555,4 milhões captados em 42 rodadas.
No Brasil, o destaque foi significativo. O país concentrou 25 rodadas, que totalizaram US$ 355,1 milhões. Embora o cenário seja promissor, muitas startups ainda enfrentam desafios para atrair recursos.
De acordo com a Abstartups, 47,6% das startups brasileiras buscam investimentos, mas ainda não conseguem avançar. Além disso, o ecossistema ainda apresenta baixa diversidade. A pesquisa revelou que 79,3% dos fundadores são homens cisgênero, 70,5% são brancos e 91,6% heterossexuais.
Construa um propósito e conecte-se com impacto social
Segundo Itali Collini, diretora da Potencia Ventures, “os negócios de impacto estão crescendo, mas o mercado segue desafiador”. Em um cenário de juros altos, os investidores se mostram mais cautelosos. Por isso, ela recomenda que empreendedores iniciem contatos com fundos cedo.
Além disso, é importante manter os investidores informados ao longo do tempo. Atualizações regulares ajudam a demonstrar interesse e evolução no negócio. Collini também destaca que apoiar empreendedores diversos é uma oportunidade que merece mais atenção dos investidores.
Domine a linguagem dos investidores
Erica Fridman, do Sororitê Ventures, enfatiza a importância de uma comunicação clara. Para ela, fundadores precisam explicar seus negócios de maneira objetiva e estruturada. “Demonstrar o potencial de escalabilidade e o diferencial competitivo é essencial para avançar nas conversas”, afirma.
Além disso, ela sugere abordar questões como viabilidade financeira e barreiras de entrada. A experiência do time fundador também deve ser apresentada de forma detalhada. Segundo Fridman, isso reforça a confiança dos investidores e aumenta as chances de sucesso.
Explore fundos Corporate como alternativa
Para Guilherme Amorim, da Wayra Brasil, os Corporate Venture Capital (CVCs) são uma opção relevante. Esses fundos vão além do financiamento, oferecendo parcerias estratégicas. Ele explica que contar com o apoio de grandes empresas pode abrir novos caminhos.
Segundo Amorim, os CVCs ajudam startups a entrar em mercados diferentes e a criar novos produtos. Ele afirma que “essas parcerias permitem às startups escalar seus negócios e alcançar novos públicos”. Além disso, os CVCs fortalecem o relacionamento entre empreendedores e grandes corporações.
