O ano passado foi o mais quente já registrado nos Estados Unidos, informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, a NOAA, nesta sexta-feira 10.
O anúncio se seguiu à confirmação pelo observatório europeu Copernicus, também nesta sexta, de que 2024 foi o ano mais quente em nível global, superando a marca de 1,5º C de aquecimento em comparação com a era pré-industrial ao longo do ano passado.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, um cético das mudanças climáticas, está às vésperas de retornar ao cargo e anunciou a expansão da produção de combustíveis fósseis, maiores impulsionadores do aquecimento provocado pelo ser humano, ao mesmo tempo em que reverte as políticas ambientais de seu antecessor, Joe Biden.
Segundo a NOAA, a temperatura anual média nos 48 estados continentais do país (exceto Havaí e Alasca) foi de 13,1º C, a mais alta em 130 anos de registros.
O ano passado também foi o terceiro mais úmido desde 1895 e o segundo com maior número de tornados, atrás apenas de 2004.
A temporada de furacões registrou 1.735 fenômenos meteorológicos que impactaram o país, inclusive o furacão Helene, o segundo mais mortal a atingir o território continental dos Estados Unidos em mais de meio século.
No total, os Estados Unidos sofreram 27 desastres meteorológicos e climáticos que causaram um prejuízo de 1 bilhão de dólares (aproximadamente 6 bilhões de reais em valores atuais), superados apenas pelos 28 registrados em 2023.