Hoje, 20 de junho de 2025, marca o 52º aniversário do Massacre de Ezeiza, um dos episódios mais violentos da história recente da Argentina. Durante ato celebrando o retorno de Juan Domingo Perón ao país após 18 anos de exílio, próximo ao Aeropuerto de Ezeiza, milhares de militantes se reuniram para receber Perón. A tensão entre a direita peronista e a esquerda peronista, representada por grupos como Montoneros e o ERP, explodiu em violência.
Armados com fuzis, metralhadoras e coquetéis molotov, setores da direita, liderados por figuras como José Ignacio Rucci e Jorge Manuel Osinde, atacaram os militantes de esquerda que tentavam se aproximar do palco. O massacre foi premeditado, com a ocupação estratégica de pontos como o Hogar Escuela Santa Teresa e o uso de franco tiradores.
Perón, ao retornar, optou por alinhar-se à direita, agravando a divisão no movimento e abrindo caminho para a ditadura militar que viria em 1976. O historiador Horacio Verbitsky descreveu o evento como “uma tentativa inteligente e ousada para isolar as organizações revolucionárias, neutralizar o peronismo por meio da confusão ideológica e do terror e destruir toda forma de organização política da classe operária”.

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Last Update: 20/06/2025