O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou Alexandre de Moraes e votou para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados réus pelo plano golpista. Com a manifestação, o placar é de 2 a 0 contra os membros do chamado “núcleo crucial” da trama.
Durante seu voto, Dino afirmou que as defesas dos acusados não conseguiram “descaracterizar materialidades” e que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) “corrobora a densidade desse acervo probatório” contra Bolsonaro e seus aliados.
“Tenho muita convicção de que as razões técnicas expedidas pelo eminente relator são suficientes para, neste momento, acompanhá-lo”, disse o ministro, apontando que existe um “consenso” sobre a denúncia da PGR. Veja trecho da fala de Dino:
Flávio Dino acompanha o relator e vota para tornar réus Bolsonaro e mais sete denunciados por tentativa de golpe de Estado: "Tenho muita convicção".
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— GloboNews (@GloboNews) March 26, 2025
Dino ainda afirmou que “golpe de Estado mata”, citando o regime militar e o caso do ex-deputado Rubens Paiva, que foi torturado e assassinado no período. “No dia 1º de abril de 1964, também não morreu ninguém, mas centenas e milhares morreram depois. Golpe de Estado mata, não importa se é no dia, no mês seguinte ou alguns anos depois”, prosseguiu.
GOLPE DE ESTADO MATA! O ministro Flávio Dino destacou em seu voto a gravidade da tentativa de golpe. É fundamental que haja responsabilização e não impunidade pros golpistas. A nossa história nos mostra isso. #SemAnistia pic.twitter.com/OsQ3uAZzsn
— Natália Bonavides (@natbonavides) March 26, 2025
Ainda restam os votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. Além de Bolsonaro, fazem parte do “núcleo central”:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e ex-candidato a vice-presidente em 2022.
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