Nesta quinta-feira (10), oficiais da marinha israelense enviaram carta ao governo israelense, pedindo o fim da guerra em Gaza.
A carta foi assinada por 150 oficiais e endereçada ao primeiro-ministro da entidade sionista, Benjamin Netaniahu, e ao ministro da Defesa Israel Katz. Nela, os oficiais da marinha afirmam que 59 prisioneiros “permanecem nos túneis do Hamas enquanto o governo recua de seu compromisso de devolvê-los”.
Dado o sinal do fracasso militar das forças israelenses de ocupação no enfrentamento à Resistência Palestina, os oficiais alertaram sobre “os perigos enfrentados pelos soldados, os danos infligidos aos israelenses e a divisão desigual de encargos”, frisando que “as decisões de segurança estão sendo tomadas com base em considerações ilegítimas”.
O protesto dos oficiais da marinha ocorre poucos dias após cerca de mil militares da força aérea israelense terem se recusado ao serviço militar, na conjuntura da retomada da guerra genocida contra Gaza.
Manifestando-se igualmente em carta endereçada ao comando, os militares da força aérea exigiram o retorno dos prisioneiros israelenses e afirmaram que continuar lutando aprofunda a crise da instituição militar e “não serve a nada além de interesses pessoais e políticos mesquinhos”. Conforme afirmado pelos próprios signatários, a carta é apoiada por “pessoal da aviação na reserva e aposentado”.
Em represália, o comandante da força aérea israelense decidiu demitir os militares que assinaram a carta.
Ambas as situações mostram o rápido e contínuo aprofundamento da crise de “Israel”, que já começa a perder o controle sobre suas forças armadas, sustentáculo de qualquer Estado.