PM é flagrado jogando homem de ponte em São Paulo. Foto: reprodução

A Corregedoria da Polícia Militar afastou treze policiais envolvidos direta ou indiretamente em um episódio ocorrido na madrugada de segunda-feira (2), quando um agente jogou um homem de uma ponte na região de Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo.

Segundo o relato oficial, o incidente começou com uma abordagem policial a dois motociclistas que desobedeceram a ordem de parada. Após uma perseguição, a dupla foi capturada. Um deles foi conduzido à delegacia e é atualmente a principal testemunha. O outro foi atirado no rio por um policial da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam).

Imagens capturadas por câmeras corporais dos agentes estão sendo analisadas para esclarecer os fatos.

Nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, declarou que ações isoladas como essa não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados para a população de São Paulo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) repudiou a conduta, classificando-a como inaceitável. A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso, enquanto a Corregedoria ouve os envolvidos e tenta localizar a vítima para coletar seu depoimento oficial.

As imagens divulgadas pela imprensa mostram o momento em que o homem, segurado pela camiseta, é arremessado da ponte. Apesar de não haver informações atualizadas sobre seu estado de saúde, sabe-se que ele sobreviveu à queda.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, condenou o episódio, afirmando que policiais que agem dessa forma não estão à altura de usar farda.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também repudiou o ato, chamando as imagens de estarrecedoras e inadmissíveis. Ele determinou a atuação do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) no caso e ressaltou a importância de ações dentro dos limites da lei.

Cláudio Silva, ouvidor das polícias, pediu o afastamento imediato de todos os agentes envolvidos, criticando a falta de ação dos policiais presentes que não impediram ou relataram o ato. Ele destacou a gravidade do caso e alertou para o impacto de possíveis práticas abusivas dentro da instituição.

A SSP reforçou que a PM mantém o compromisso com a legalidade e não tolera desvios de conduta. Enquanto as investigações avançam, os treze policiais afastados cumprirão expediente na Corregedoria até a conclusão do processo.

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Last Update: 03/12/2024